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Tacla Duran diz que Lava Jato cobrou propina para proteger alvos da operação

Ex-advogado da Odebrecht prestou depoimento como testemunha para o juiz Eduardo Appio, novo responsável pela operação

O advogado Rodrigo Tacla Duran

O ex-advogado da Odebrecht, Rodrigo Tacla Duran, disse em depoimento à Justiça Federal de Curitiba que procuradores responsáveis pela Operação Lava Jato cobravam dinheiro de possíveis alvos da operação para que eles não fossem denunciados. O depoimento ocorreu na terça-feira (9).

“Era esse ambiente. Quem pagava proteção, não era nem denunciado. Quem não pagava, era arregado para delatar, se não delatasse não saia de cadeia ou então era ameaçado de ir para cadeia”, declarou Tacla Duran em trecho do depoimento cujo vídeo foi publicado pelo portal G1.

Ele foi ouvido como testemunha pelo atual juiz da 13ª Vara de Curitiba, Eduardo Appio, em um caso que envolve um delator da Odebrecht no Equador.

Tacla Duran é acusado pela Lava Jato desde 2017. Ele é réu por lavagem de dinheiro. Residindo na Espanha, o advogado ressurgiu no cenário político brasileiro após afirmar em audiência em março que pessoas ligadas ao ex-juiz e agora senador Sergio Moro (União-PR) e ao ex-procurador e deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) tentaram extorqui-lo também durante a Operação Lava Jato.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, determinou que a investigação sobre a denúncia de Tacla Duran deve ficar sob supervisão do Supremo já que ambos têm foro privilegiado.

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