Os diretores do Banco Central (BC) avaliaram na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta terça-feira (9), que a apresentação do novo arcabouço fiscal elaborado pelo Ministério da Fazenda reduziu a incerteza associada a cenários extremos de crescimento da dívida pública.
“O Comitê seguirá acompanhando a tramitação e a implementação do arcabouço fiscal apresentado pelo Governo e em apreciação no Congresso. O Copom novamente enfatizou que não há relação mecânica entre a convergência de inflação e a aprovação do arcabouço fiscal, uma vez que a trajetória de inflação segue condicional à reação das expectativas de inflação e das condições financeiras”, informou o BC.
Esta foi a primeira reunião do Copom desde a apresentação do novo marco fiscal no final de março. O colegiado se reúne a cada 45 dias para decidir se corta, aumenta ou mantém a taxa Selic.
Segundo os diretores do BC, um cenário com um arcabouço fiscal sólido e crível pode levar a um processo desinflacionário mais benigno através de seu efeito no canal de expectativas.
Segundo o Copom, a incerteza sobre o desenho final do projeto, já em tramitação no Congresso, e, principalmente, os “impactos dele sobre as expectativas para as trajetórias da dívida pública e da inflação, e sobre os ativos de risco” são um dos fatores de risco para a alta inflacionária avaliados pelo colegiado.