Relator do arcabouço fiscal é aliado de Lira e fez campanha para Bolsonaro

O deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA) foi escolhido como relator do projeto de lei complementar que trata do arcabouço fiscal. O nome dele circulava como preferido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), desde o início do mês mas foi oficializado depois que o governo enviou o texto para o Congresso Nacional.

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Natural de Salvador, Cajado tem 60 anos de idade e foi eleito deputado federal, pela primeira vez, em 1995, quando ainda estava filiado ao PFL - partido ligado ao político baiano Antônio Carlos Magalhães.

Quando o partido deixou de existir e se transformou em Democratas (DEM), o deputado se menteve filiado, e foi eleito em 2011 e 2015. A partir das eleições de 2019, Cajado já estava filiado ao PP, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira.

Além de correligionário e amigo de Lira, Cajado apoiou a reeleição de Bolsonaro à Presidência da República. Em postagens na sua conta oficial no Instagram, ele publicou fotos de atividades de campanha em cidades baianas em que pedia votos no candidato ao Governo da Bahia, ACM Neto (DEM) e para Jair Bolsonaro (PL).

“No dia 30 de outubro, é 44 aqui e 22 lá", dizia uma das postagens, em referência aos números de urna dos dois candidatos.

O apoio de Cajado, no entanto, parece não ter surtido efeito. Na Bahia, ACM Neto foi derrotado pelo candidato do PT, Jerônimo Rodrigues, apoiado por Lula, por 52,8% a 47,2%. No plano nacional, Bolsonaro perdeu para o petista por 50,9% a 49,1%.