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O ministro notou, entretanto, que o Governo Federal, a partir de mapeamento da Receita e do Tesouro, deve cobrar de setores “mais abastados” e avaliar outros que ainda não pagam impostos, como big techs (gigantes da tecnologia) e sites de apostas esportivas. “Se quem não paga imposto passar a pagar todos nós vamos pagar menos juros”, afirmou.
‘Se por carga tributária se entende aumento de alíquota ou criação de tributos, a resposta é: não está no nosso horizonte. Não pensamos em reonerar folha de pagamento, recriar CPMF, acabar com o Simples. Não é disso que se trata. O presidente Lula fala desde a campanha que vai colocar o pobre no orçamento e o rico no imposto de renda”.
Quem não paga imposto, vai pagar. Temos muitos setores que estão demasiadamente favorecidos com regras que foram sendo estabelecidas e que não foram revistas por nenhum controle de resultado. Muitas caducaram do ponto de vista de eficiência e vamos, ao longo do ano, encaminhar ao parlamento medidas saneadoras para dar consistência às medidas.
Segundo o ministro, o governo vai ‘acabar com uma série de abusos’ para que o arcabouço fiscal funcione e a arrecadação cresça sem prejuízo dos mais pobres. “Está cheio de problemas que já mapeamos. Equipes da Receita e do Tesouro passaram em revista a legislação para identificar onde estão os grandes jabutis”, explicou Haddad, em alusão a medidas que foram inseridas na legislação tributária para privilegiar determinados setores. “
A cobrança de impostos de gigantes da tecnologia, as chamadas big techs, também está no radar do Governo Lula, afirma Haddad. “Estamos em um momento incontornável, não temos alternativa. A gente traz esses setores que estão à margem do sistema, e há preocupação mundial com eles. Tivemos nos EUA agora taxação das big techs, tudo indo para paraíso fiscal. Ou botamos ordem e trazemos para a luz ou vamos continuar padecendo a cada crise e ciclo um solavanco”.