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Greve no metrô: Diretor do Sindimetro diz que ‘mobilização continua independente de multas’

Diretor de comunicação do sindicato afirmou que mobilização é da categoria e tem como objetivo preservar empregos

Diretor do Sindimetro, Pablo Henrique, afirmou que mobilização da categoria continuará no metrô de BH

O diretor de comunicação do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro), Pablo Henrique, criticou neste domingo (19) a multa aplicada ao sindicato por causa da greve no metrô de BH durante o feriado do Carnaval.

Veja mais: Justiça determina bloqueio de R$ 250 mil em contas do Sindimetro

“A Justiça determinou o bloqueio de R$ 250 mil nas contas do Sindimetro. Achamos isso um fato lamentável, porque a Justiça poderia reverter as coisas, poderia dar liminar garantindo os empregos, mas preferente dar multas. Ou seja, está a serviço da CBTU, está a serviço da demissão dos trabalhadores. A mobilização vai continuar independente da multa, porque a mobilização é da categoria. O Sindicato não se mobiliza sem a categoria. E a categoria está em vias de perder seu sustento. Não adianta o prefeito falar que alguém tem que ajudar ele, a questão é quem vai ajudar os trabalhadores. Nossa mobilização continua, apesar da repressão”, afirmou Pablo Henrique.

A Justiça determinou o bloqueio nas contas do Sindimetro por causa da greve da categoria.

A greve, que teve início na terça-feira (14), deixa a população sem o serviço pelo menos até a segunda-feira de Carnaval (20), quando nova assembleia está programada para 10h.

“A CBTU-MG informa que, na tarde de sexta-feira (17), o vice-presidente do TRT-3, desembargador Dr. César Pereira da Silva Machado Júnior, determinou o imediato bloqueio do valor de R$250 mil reais das contas bancárias do Sindimetro, pelo descumprimento de liminar até aquela data (16 e 17/02/2023), com o propósito de compelir o sindicato a observar a ordem proferida”, informou a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), por meio de nota.

“Em assembleia no último sábado (18), infelizmente, os metroviários votaram pela continuidade do movimento paredista. A CBTU-MG considera irresponsável a decisão conduzida pelo sindicato, que deixa a cidade sem o único transporte que atenderia o hipercentro, já que, durante o Carnaval, muitas ruas estão bloqueadas para a segurança dos foliões, passagens de blocos e escolas de samba”, diz a nota da CBTU.

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.