A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de acabar com o orçamento secreto repercutiu entre deputados estaduais e federais e o senador eleito por Minas Gerais, diplomados nesta segunda-feira (19), em cerimônia organizada pela Justiça Eleitoral, em Belo Horizonte.
Por 6 votos a 5, a Corte determinou que o pagamento das emendas de relator, sob a rubrica RP9, é inconstitucional.
O senador eleito Cleitinho Azevedo (PSC), que se elegeu com apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL) e com críticas ao STF, elogiou a decisão.
“Eu sou um crítico do STF, mas nessa ele acertou. Tem que acabar com o orçamento secreto. Dinheiro público não pode ser secreto não”, opinou.
O deputado federal mais votado do país, Nikolas Ferreira (PL), que recebeu mais de 1,5 milhão de votos, criticou o protagonismo do Supremo Tribunal Federal (STF).
“A gente está vivendo um tempo em que um poder está passando dos seus limites. O STF decide tudo hoje, no Brasil, não é? E quem sou eu para discordar. Me atenho a fazer uma constatação: o STF decide tudo nesse país. O piso da Enfermagem, por exemplo, foi feito pelo Congresso e o STF barrou”, disse.
Para a deputada federal Duda Salabert (PDT), terceira mais votada no estado, o orçamento secreto é “imoral”.
“Sempre me posicionei contrário ao orçamento secreto. Se a gente trabalha em uma instituição pública e somos funcionárias públicas, um dos princípios que temos é o da publicidade. É inconstitucional e, mais do que isso, é imoral”, opinou.