Dois consórcios formados por empresas estrangeiras, um chinês e outro italiano, apresentaram nesta quarta-feira (10), propostas para a concessão do Rodoanel Metropolitano de Belo Horizonte.
O leilão da obra está marcado para sexta-feira (12), na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).
Na terça-feira (9), o PV entrou com uma ação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) alegando que o leilão do Rodoanel quebra o princípio de isonomia nas eleições deste ano. O partido tenta uma liminar no tribunal eleitoral para suspender o leilão.
O projeto do Rodoanel é considerado pelo governo estadual a principal solução para os acidentes frequentes do Anel Rodoviário de BH. O trecho é um dos mais violentos da capital mineira, com altos índices de mortes.
O modelo da contratação será via parceria público-privada (PPP). A empresa vencedora da licitação será responsável pela elaboração de projetos, construção da rodovia, além da sua operação e manutenção pelo prazo de 30 anos. Ao Estado caberá a fiscalização do contrato para que todas as exigências sejam cumpridas pela concessionária e o nível de serviços oferecido aos usuários da via seja satisfatório.
Para viabilizar o Rodoanel, o estado prevê investimentos de R$ 3 bilhões, recurso do acordo de reparação firmado com a mineradora Vale em decorrência do rompimento da barragem de Brumadinho. A empresa que assumir o trecho vai investir mais R$ 2 bilhões.
As prefeituras de Contagem e de Betim criticam o projeto e alegam que a obra trará problemas ambientais na Área de Proteção Ambiental (APA) de Várzea das Flores. A secretaria de Infraestrutura diz que todas as licenças ambientais serão discutidas na fase de elaboração dos projetos.