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Soda cáustica na BR-356 atinge distrito de Mariana e mata animais

Após tombamento de carreta na segunda-feira (11), morte de animais preocupa população em Monsenhor Horta

Moradores de Monsenhor Horta, distrito de Mariana, denunciam morte de peixes e aves após o derramamento de 40 mil litros de soda cáustica, provocado pelo tombamento de uma carreta na BR-356, ocorrido nesta segunda-feira (11).

O produto químico já alcançou o rio Ribeirão do Carmo, que abastece comunidades distritais de Mariana, como Monsenhor Horta, e áreas agrícolas próximas.

Segundo moradores, animais domésticos e de criação estão bebendo água do rio e morrendo. Eles precisam manter os animais presos para evitar que consumam a água contaminada, sem ter condições de cuidar de todos. Um morador relatou: “O olho dos peixes está ficando embaçado, não estão encontrando oxigênio,” disse.

O prefeito de Mariana, Juliano Duarte, afirmou que o SAAE já coletou amostras da água, que estão fora dos padrões, e que a população não deve utilizar a água do rio para consumo humano, irrigação ou para os animais até que novos resultados estejam disponíveis.

Ele acrescentou que a Secretaria de Meio Ambiente e o Instituto Habitat acompanham a situação, realizando resgate de peixes, monitoramento da fauna e aplicação de notificações à empresa responsável pelo transporte da soda cáustica.

Tiago Lage, presidente do Instituto Habitat, detalhou:

“Acompanhamos de perto o ocorrido. Nossas equipes técnicas de engenharia, biologia e veterinária monitoram diversos pontos do rio, identificam alterações na fauna e realizam análises da água, incluindo pH, oxigênio e níveis de amônia. Muitos animais apresentam queimaduras externas e internas, e nossa equipe veterinária presta atendimento com medicação e suporte inflamatório. Orientamos produtores e moradores a não utilizar a água para consumo ou irrigação”.

A Defesa Civil e a Prefeitura de Mariana reforçam que a população deve evitar contato com a água contaminada até que os laudos técnicos confirmem a normalização da qualidade da água.

Moradores cobram ações imediatas para conter a substância química, garantir água potável e minimizar os impactos ambientais e à saúde da população.

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Antônia Veloso tem 25 anos, é ouro-pretana e estudante de jornalismo na Universidade Federal de Ouro Preto. Se interessa por diversas temáticas, como jornalismo cultural, jornalismo político e jornalismo econômico.