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Pesquisa do IBGE mostra quantas moradoras de Mariana se chamam Mariana

Levantamento mostra origem, significado e registros do nome em Minas Gerais e Brasil

O nome da cidade mais antiga de Minas Gerais também é o nome de 89 moradoras locais. De acordo com o levantamento mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), baseado no Censo Demográfico de 2022, apenas 0,15% da população de Mariana tem o mesmo nome do município. O percentual é menor do que o registrado em cidades vizinhas, como Ouro Preto, onde 108 pessoas (0,14%) se chamam Mariana, e Itabirito, com 91 registros (0,17%).

O levantamento integra o projeto “Nomes no Brasil”, que apresenta os nomes e sobrenomes mais comuns em cada município, estado e no país. No ranking nacional, Mariana ocupa a 53ª posição entre os nomes mais registrados, com 451.762 pessoas. O nome representa 0,22% da população brasileira e tem idade mediana de 21 anos. Em Minas Gerais, o nome aparece em 0,25% da população, totalizando 52.024 pessoas.

O nome Mariana tem diferentes origens e significados. Uma delas é a junção dos nomes “Maria” e “Ana”, com o sentido de “soberana e cheia de graça”, associado à Virgem Maria. Outra possibilidade é a origem no latim Marianus, derivado do sobrenome romano Marius, que pode se referir ao deus Marte, ao termo maris (“masculino”) ou mare (“mar”), atribuindo o significado de “descendente de homem guerreiro”.

O nome da cidade de Mariana também tem ligação direta com essa história. O município recebeu esse nome em 1745, quando foi elevado à categoria de cidade. A homenagem foi feita pelo rei D. João V de Portugal à esposa, D. Maria Ana de Áustria, rainha consorte de Portugal. Antes disso, o local era conhecido como Ribeirão do Carmo e depois Vila do Ribeirão de Nossa Senhora do Carmo, até adotar o nome atual.

Em cidades vizinhas, os dados reforçam a tradição dos nomes bíblicos e clássicos. Em Ouro Preto, por exemplo, Maria e José continuam liderando o ranking de registros, seguidos por Ana, João e Antônio. A pesquisa mostra que, apesar de novas tendências, nomes tradicionais permanecem entre os mais escolhidos, mantendo viva parte da herança cultural da região dos Inconfidentes.

No Brasil, o nome Mariana segue entre os preferidos das famílias e continua presente em todas as gerações, ocupando lugar de destaque na identidade nacional.

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Antônia Veloso tem 25 anos, é ouro-pretana e estudante de jornalismo na Universidade Federal de Ouro Preto. Se interessa por diversas temáticas, como jornalismo cultural, jornalismo político e jornalismo econômico.