A repercussão da lista encontrada durante as investigações da Polícia Federal sobre mineração ilegal em Ouro Preto ainda gera polêmica. O documento, que circula nas redes sociais, levou autoridades locais a se pronunciarem para esclarecer que não se trata de uma relação de investigados. Nos últimos dias, novas manifestações surgiram e a própria Polícia Federal respondeu oficialmente sobre o caso.
Em entrevistas anteriores, o historiador Alex Bohrer e o secretário municipal de Meio Ambiente, Chiquinho de Assis, reforçaram que a lista foi feita por mineradores e não pela Polícia Federal, destacando que os nomes presentes seriam, na verdade, pessoas que atuam em defesa do patrimônio ambiental e histórico.
Agora, outros nomes citados também se manifestaram.
A vereadora Lilian França também se pronunciou sobre a polêmica e esclareceu que a lista não foi produzida pela Polícia Federal, mas sim pela mineradora.
“Estou me pronunciando porque algumas pessoas estão distorcendo sobre a matéria do Fantástico, que fala sobre a mineração ilegal em Ouro Preto. Segundo a reportagem, a Polícia Federal acabou com a mineração ilegal que estava acontecendo tanto na Serra do Curral quanto na comunidade do Botafogo. Durante as buscas, foi encontrada uma lista com o nome de várias pessoas da região, entre elas párocos, juízes, ativistas ambientais, pessoas da comunidade e também políticos. O que temos que deixar claro é que essa lista foi feita pela mineradora [...] Quero afirmar que eu não compactuo, não aceito nenhum tipo de procedimento ilegal, muito menos das mineradoras. E não tive participação nenhuma nisso. Eu confio na Polícia Federal e quero contribuir para que quem esteja envolvido seja responsabilizado.”
Já o ativista político e ex-candidato a prefeito, Du Evangelista, destacou que a lista não representa investigados, mas sim pessoas monitoradas pelo grupo criminoso. Ele fez um alerta contra a desinformação.
“Está circulando na internet uma lista de nomes ligada à operação Rejeito da Polícia Federal, que investiga crimes nos processos de licenciamento de mineradoras. Quero deixar muito claro, essa lista não é uma lista de investigados. Essa planilha com nomes foi usada pelo grupo criminoso para monitorar pessoas e instituições. Ela mistura autoridades públicas, lideranças comunitárias, professores e moradores, que nada têm a ver com crimes. Meu nome aparece porque eu atuo em defesa do meio ambiente e das populações, não porque estou sendo investigado. Antes de compartilhar qualquer notícia, verifique em fontes oficiais, como a Polícia Federal ou o Ministério Público. Não espalhe fake news.”
Procurada pela reportagem, a Polícia Federal informou por meio de nota que não comenta investigações em andamento e que também não confirma nomes ou informações dessa natureza.
