O Governo de Minas Gerais anunciou um investimento de R$ 163 milhões para enfrentar a proliferação de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti e pelo mosquito pólvora. O objetivo é preparar os municípios mineiros para o período sazonal das arboviroses, que ocorre de novembro a maio. O anúncio foi feito pelo Secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, em coletiva de imprensa.
Do total, R$ 120 milhões serão destinados ao custeio livre, permitindo que os municípios planejem ações específicas. Desse valor, R$ 90 milhões serão pagos ainda em 2024, e os R$ 30 milhões restantes no início de 2025. Outros R$ 28 milhões serão utilizados pelos consórcios intermunicipais de saúde para contratar serviços de Ultra Baixo Volume (fumacê), que combate os vetores das arboviroses.
Além disso, R$ 15 milhões serão aplicados na continuidade dos trabalhos com drones, que mapeiam locais com água parada e utilizam larvicida para eliminar focos do Aedes aegypti.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) também realizará capacitações e seminários em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Profissionais de saúde dos municípios mineiros participarão de treinamentos sobre o manejo clínico das arboviroses e sobre o plano de contingência para o próximo período sazonal.
Até 5 de agosto de 2024, Minas Gerais registrou 1.698.328 casos prováveis de dengue, com 1.130.343 confirmações e 903 óbitos. Para chikungunya, foram notificados 156.728 casos, com 125.904 confirmações e 95 óbitos. O estado também registrou 227 casos prováveis de zika, com 43 confirmações.
Em relação à febre amarela, um caso foi registrado em 2024, resultando em óbito. A febre oropouche, diagnosticada pela primeira vez no estado em 2024, teve 147 casos confirmados até o momento.
Baccheretti enfatizou a importância de manter o cartão de vacinas em dia, destacando que a vacina contra a dengue está disponível para crianças entre 10 e 14 anos nos postos de saúde. Até 6 de agosto, 73% das doses distribuídas foram aplicadas. A cobertura vacinal da febre amarela é de 70,7%, abaixo da meta de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde.
O governo também planeja coordenar ações de mobilização junto aos municípios para o Dia D de Combate às Arboviroses, previsto para novembro.