Dos quase 900 municípios que formam Minas Gerais, cerca de 80% dependem da mineração para manter as portas abertas, incluindo cidades que compõem a Região dos Inconfidentes e do Alto Paraopeba. Com o olhar para o fim das atividades minerárias, gestores municipais se preparam para atrair novas modalidades de negócios para suprir a futura perda.
O impacto de um possível colapso da mineração já pode ser sentido nos últimos meses, após a greve deflagrada pela Agência Nacional de Mineração (ANM), que causou atrasos nos repasses da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM).
A Compensação Financeira pela Exploração Mineral – CFEM é a contrapartida financeira paga pelas empresas mineradoras à União, aos Estados, Distrito Federal e Municípios pela utilização econômica dos recursos minerais em seus respectivos territórios.
Somente entre os meses de junho e agosto, cidades da região, como Mariana, que recebeu cerca de R$15 milhões mensais provenientes da compensação, enfrentaram dificuldades financeiras que puderam ser observadas em setores como a saúde.