A Igreja de nome Assembleia de Deus Ministério de Nova Lima, localizada no distrito de Cachoeira do Campo, em Ouro Preto, decidiu suspender temporariamente seus cultos em resposta às denúncias de perturbação do sossego apresentadas pelos moradores da rua José Avelino Murta. Os frequentadores da igreja estavam insatisfeitos com o volume excessivo dos equipamentos utilizados nos cultos, como baterias, teclados, microfones e caixas de som, que vinham incomodando a comunidade.
A denúncia noticiada pela rádio Itatiaia Ouro Preto dava conta de que o Departamento de Fiscalização e Posturas da prefeitura de Ouro Preto definiu que a Igreja deveria tomar medidas de adequação acústica. Segundo o órgão, a igreja não havia cumprido o acordo anteriormente firmado, o que resultou em um novo procedimento de medição de ruídos e o encaminhamento dos resultados à Procuradoria, ao Ministério Público e à 2ª Vara Cível de Ouro Preto.
Em resposta às acusações e ao clamor da comunidade, a Igreja Assembleia de Deus Ministério emitiu uma nota por meio de sua assessoria jurídica, representada pelo advogado Wesley André Soares. Na nota, a igreja reconhece as repercussões do caso e informa que, devido a “motivo de força maior”, os cultos religiosos serão suspensos temporariamente para que seja realizada uma adequação acústica no templo.
De acordo com o advogado representante da igreja, foi firmado um acordo com o Ministério Público, homologado pelo Juízo de Ouro Preto, que estabeleceu um prazo de 12 meses para a realização das melhorias acústicas necessárias. Apesar de faltar ainda 11 meses para o término do prazo, a instituição decidiu tomar medidas imediatas. A partir de 26 de junho de 2023, o templo foi fechado para a realização das adequações, visando ao bom convívio social e respeitando as queixas apresentadas pelos moradores.
A Igreja Assembleia de Deus, com mais de um século de existência, sempre teve como objetivo contribuir para uma sociedade mais justa, respeitando as liberdades religiosas, individuais e coletivas, como previsto na Constituição Federal. A instituição reafirma seu compromisso com a moralidade e a ética, e, neste contexto, busca solucionar o litígio por meio das melhorias acústicas no templo.
A suspensão temporária dos cultos é vista como uma medida positiva pela comunidade, que espera que as adequações promovidas pela igreja resolvam a questão do ruído excessivo e permitam um convívio mais harmonioso entre os moradores e os frequentadores do templo.