A ergonomia tem se mostrado uma área estratégica para proteger a saúde dos trabalhadores e aumentar a eficiência das atividades, seja em escritórios, no home office ou em funções que exigem esforço físico intenso, como na indústria e construção civil.
Athielly Rabelo, analista de Ergonomia do Sesi-MG, explica que os desafios variam conforme o contexto, mas o objetivo permanece o mesmo: prevenir lesões e promover conforto.
No ambiente de escritório, os principais desafios incluem longos períodos sentados e a necessidade de mobiliário adequado. “É importante que o mobiliário ofereça regulagens que atendam ao conjunto de trabalhadores e à natureza do trabalho”, diz Athielly à Itatiaia.
Além disso, pausas frequentes, iluminação adequada, controle de ruído e temperatura contribuem para o bem-estar físico e psicológico.
No trabalho remoto, entretanto, a situação muda. Muitas vezes, os colaboradores utilizam cadeiras de jantar, sofás ou mesas improvisadas, enfrentam iluminação natural variável e têm dificuldade de separar trabalho e descanso.
“Nesse cenário, o treinamento sobre medidas de controle e o fornecimento de equipamentos ergonômicos portáteis se tornam essenciais”, afirma a especialista.
Estratégias ergonômicas para tarefas físicas intensas
Funções que envolvem esforço físico, como na indústria ou na construção civil, também demandam atenção especial. A ergonomia busca minimizar lesões musculoesqueléticas e fadiga, por meio de técnicas de levantamento e transporte de cargas, uso de equipamentos auxiliares, alternância de tarefas e design de ferramentas e estações de trabalho que reduzam esforços repetitivos.
O trabalho híbrido, que combina escritório e home office, cria novas demandas. A falta de padronização nos ambientes domésticos exige que o trabalhador se responsabilize por garantir condições seguras e confortáveis.
“É fundamental que empresas reforcem políticas de apoio, oferecendo móveis, equipamentos ergonômicos e treinamentos regulares para conscientizar sobre segurança e conforto”, ressalta Athielly.
Ignorar a ergonomia pode gerar consequências sérias: problemas de saúde física ou mental, queda na produtividade e aumento de custos legais e financeiros para as empresas.
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