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No geral, o Brasil vendeu mais de 27 bilhões de dólares para outros países e comprou cerca de 25 bilhões, o que significa que o saldo foi positivo em praticamente 2 bilhões de dólares.
Indústria de transformação em queda
A chamada indústria de transformação, transforma matéria-primas em um produto final (como carros, alimentos processados e máquinas), teve uma queda nas vendas para o exterior. A redução foi de 2,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Na prática, isso significa que o país deixou de vender, em média, 21 milhões de dólares por dia em produtos desse tipo.
Petróleo e minérios em alta
Enquanto um setor caiu, outro subiu. A indústria extrativa, que retira recursos da natureza, viu suas exportações crescerem 6,4%. O que mais ajudou nesse resultado foi a venda de petróleo cru para outros países, que sozinha aumentou 16,4%. Esse desempenho mostra a força que as commodities ainda têm para a economia do Brasil.
Mais máquinas e equipamentos
A grande surpresa veio das importações. As compras de produtos da indústria de transformação cresceram 17,8%. O mais interessante é o que foi comprado:
- Plataformas e embarcações: a compra desses itens disparou, com um aumento de cerca de 15%.
- Motores e máquinas não elétricos: a importação desse tipo de equipamento também subiu bastante, com alta de quase 64%.
Esse aumento na compra de “bens de capital” (máquinas e equipamentos usados na produção industrial) é visto por economistas como um bom sinal. Ele pode indicar que as empresas brasileiras estão investindo para modernizar suas fábricas e aumentar a produção no futuro.
O que isso significa?
O cenário de setembro mostra uma indústria complexa. A venda de produtos fabricados para fora está com dificuldades, mas o setor de matérias-primas vai bem. Ao mesmo tempo, o crescimento nas compras de máquinas lá de fora pode ser um sinal de que a indústria nacional está se preparando para um novo ciclo de crescimento.