O governo dos Estados Unidos endureceu as regras para a concessão de vistos, permitindo que oficiais consulares neguem a entrada no país de pessoas que tenham um histórico de “promoção de ideologias antiamericanas”. A medida, anunciada na terça-feira pelo Serviço de Imigração e Cidadania dos EUA (USCIS), já está em vigor.
O que mudou
O novo critério permite que o oficial consular use o próprio discernimento, além de permitir que eles averiguem as redes sociais dos solicitantes. O USCIS alertou que “atividades antiamericanas [online] serão um fator esmagadoramente negativo” na decisão.
Outras razões para a negação do visto incluem:
- Envolvimento com organizações terroristas “antiamericanas”, mesmo que o indivíduo não tenha laços formais com elas, mas compartilhe das mesmas opiniões.
- Opiniões “antissemitas”, que, segundo o governo Trump, podem incluir estudantes que protestam pela criação de um Estado Palestino. Em abril, vistos de alunos que participaram de protestos em universidades americanas foram revogados sob essa justificativa.
Em um comunicado à imprensa, o porta-voz do USCIS, Matthew Tragesser, afirmou que “os benefícios da América não devem ser dados àqueles que abominam o país e promovem ideologias antiamericanas”. Ele reforçou que a concessão de um visto é um privilégio, e não um direito.
As novas regras valem para pedidos de visto que já estão em andamento e para aqueles feitos após 19 de agosto. O critério de “discernimento” também será aplicado em pedidos de visto de investidor (EB-5), que podem ser negados se representarem ameaça aos “interesses nacionais”.