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Trump elogia Putin depois de cúpula no Alasca e exibe foto do encontro

Fala ocorreu durante conversa sobre a Copa do Mundo 2026, que ocorrerá na América do Norte

Trump estava acompanhado do presidente da FIFA, Gianni Infantino

Um dia depois de um bombardeio russo atingir uma fábrica americana na Ucrânia, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, exibiu com entusiasmo uma foto enviada por seu homólogo russo, Vladimir Putin. A imagem, registrada durante uma cúpula recente no Alasca, foi mostrada a jornalistas na Casa Branca nesta sexta-feira (22).

Apesar do clima tenso pelo ataque à empresa Flex, Trump minimizou o ocorrido e elogiou o líder russo. “Acabei de receber uma foto de alguém que quer muito estar lá", disse Trump, segurando a imagem. “Ele tem sido muito respeitoso comigo e com o nosso país, mas não tão respeitoso com os outros”, completou, revelando que o remetente era Putin.

O presidente americano afirmou acreditar que o russo poderá comparecer à Copa do Mundo de 2026, que será sediada nos EUA, no Canadá e no México. A fala ignora o fato de que Putin tem viagens internacionais limitadas por um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI), embora os EUA não sejam signatários da corte.

"É um homem chamado Vladimir Putin, que acredito que virá, dependendo do que acontecer”, disse Trump. “Achei que era uma foto bonita dele. Boa da minha parte, mas simpática da parte dele. Então foi muito legal que me enviaram.” O republicano, que usava um boné com a frase “Trump estava certo sobre tudo”, disse que autografaria a foto e a devolveria ao Kremlin.

Resposta a bombardeio e ultimatos

Questionado sobre o ataque à fábrica de eletrônicos, que segundo o presidente ucraniano Volodimir Zelenski não produzia material bélico, Trump se mostrou insatisfeito, mas evitou uma resposta mais contundente. “Não estou nada feliz”, declarou. “Vamos ver o que acontece. Acho que nas próximas duas semanas, vamos descobrir para onde isso vai. E é melhor eu ficar muito feliz”, afirmou, sugerindo um ultimato.

No mesmo dia, ele deu duas semanas para que Putin e Zelenski marquem uma reunião para discutir um cessar-fogo. Em suas palavras, as opções seriam “sanções maciças” ou “fazer nada, pois a briga é de vocês”.

No início deste mês, Trump já havia ignorado um prazo que ele mesmo havia dado para um cessar-fogo e se reuniu com Putin no Alasca. Após o encontro, o presidente americano abandonou a exigência de trégua imediata e voltou a levantar a possibilidade de partilha da Ucrânia.

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Giovanna Damião é jornalista da televisão, digital e do rádio. Desde 2020 como social media e redatora na televisão e, mais recentemente, atuando como apresentadora e repórter da editoria de cultura. Com versatilidade no jornalismo, caminha pela música, eventos, esportes e entretenimento.