O número de mortos devido ao incêndio de grandes proporções em um complexo residencial em Hong Kong chegou a 156 nesta terça-feira (2). Vários corpos foram encontrados nas escadarias e telhados dos prédios, segundo a Reuters.
Cerca de 30 pessoas estão desaparecidas. Autoridades afirmaram que o incêndio se propagou rapidamente devido às redes de plástico que cobriam os andaimes de bambu instalados para obras nos prédios. Essas estruturas não atendiam às normas de resistência ao fogo.
Um
comitê especial investigará as causas do incêndio e, até o momento, 15 pessoas foram presas por suspeita de homicídio culposo. Doze enfrentam acusações de corrupção.
O incêndio
O complexo Wang Fuk Court tem
oito torres e mais de dois mil apartamentos, e sete foram afetados pelo incêndio. Os edifícios Hung Cheong Court e Hung Tai Court foram os que mais registraram mortes, uma vez que foram os mais atingidos.
O
incêndio começou na tarde do dia 26 de novembro em
Hong Kong, sendo madrugada no Brasil. O prédio passava por reformas antes de pegar fogo.
Segundo testes preliminares divulgados pelo HK01, os edifícios do complexo atendiam aos requisitos de resistência ao fogo. Porém,
painéis de isopor que circundavam as janelas e portas do prédio eram extremamente inflamáveis.
A alta temperatura fez com que os
andaimes de bambu pegassem fogo, incendiando outras seções da rede, o que dificultou o combate às chamas e acelerou a propagação.
As chamas também causaram desabamento de andaimes superiores, bloqueando saídas de emergência e entradas do prédio.
As
imagens são impressionantes. Fotos e
vídeos mostram o prédio totalmente destruído pelas
chamas.
Esse é o incêndio mais grave já registrado em Hong Kong em 29 anos. Em 1996, 41 pessoas morreram em um edifício comercial em Kowloon. Na época, autoridades concluíram que as chamas começaram durante um trabalho de soldagem realizado em uma reforma.
Moradores relataram à AFP que
não ouviram nenhum alarme de incêndio e avisaram uns aos outros sobre as chamas. “Tocar a campainha, bater nas portas, alertar os vizinhos, dizer que deveriam sair... foi assim que aconteceu [...] O fogo se propagou muito rapidamente”, relatou um morador.