O presidente dos Estados Unidos,
Trump afirmou que Kennedy é “muito bom”, tem “intenções muito boas e ideias um pouco diferentes”. “Gosto do fato de que ele seja diferente”, disse o presidente durante um evento na Casa Branca.
Audiência no Senado
Nessa última quinta-feira (4), Kennedy Jr. foi interrogado em uma sessão tumultuada, marcada por críticas de democratas, que o acusaram de mentir sobre compromissos assumidos em defesa da ciência e do acesso a vacinas.
O secretário também defendeu a demissão de Susan Monarez, diretora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), afirmando que era “absolutamente necessária”. A saída de Monarez, menos de um mês após assumir o cargo, somou-se a outras exonerações e abriu uma crise interna na agência.
Mais de mil funcionários e ex-funcionários da Secretaria de Saúde assinaram uma carta pedindo a renúncia de Kennedy, alegando que ele colocava a população “em perigo”.
Críticas às vacinas
Na audiência, Kennedy acusou o CDC de falhar durante a pandemia de covid-19, classificando suas medidas como “desastrosas e absurdas”. Ele criticou especialmente as recomendações sobre máscaras, distanciamento social e fechamento de escolas.
Segundo Kennedy, a decisão de fechar escolas teria sido influenciada pelo sindicato dos professores e não pela ciência.
A oposição democrata pediu sua renúncia. O senador Ron Wyden disse que, caso ele não deixasse o cargo, Trump deveria demiti-lo. O presidente e o republicano Mike Crapo rejeitaram a ideia e elogiaram Kennedy pelo foco em doenças crônicas, incluindo a crise da obesidade.
Demissão no CDC
Susan Monarez acusou Kennedy, em artigo no Wall Street Journal, de enfraquecer o sistema de saúde pública e as proteções ligadas às vacinas.
Advogados da ex-diretora afirmaram que as falas de Kennedy são “falsas e ridículas” e que ela estaria disposta a depor sob juramento.
Impacto nas políticas de saúde
Desde que assumiu o cargo, Kennedy restringiu as vacinas contra a covid-19 a grupos específicos, cortou subsídios para pesquisas em mRNA e redirecionou verbas para áreas médicas controversas.
Especialistas alertam que tais medidas podem reduzir a confiança da população em vacinas e aumentar o risco de retorno de doenças como o sarampo, que já provocou mortes nos Estados Unidos em 2025.
*Com agências
(Sob supervisão de Marina Dias)