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Roubo em museu de Paris: Justiça francesa mantém presa mulher suspeita do crime

Prejuízo estimado chega a 1,5 milhão de euros; peças tinham valor histórico e científico inestimável

Além de outros lugares, roubo aconteceu no Museu de História Natural de Paris

A Justiça da França determinou nesta terça-feira (21) a prisão preventiva de uma mulher chinesa, de 24 anos, acusada de roubar pepitas de ouro do Museu de História Natural de Paris. As informações são do Ministério Público fracês. O caso ocorreu em 16 de setembro e envolveu peças de grande valor histórico, vindas da Bolívia, Rússia, Estados Unidos e Austrália.

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De acordo com o Ministério Público da França, o prejuízo é estimado em 1,5 milhão de euros, quase 10 milhões de reais. No entanto, o valor simbólico e científico das peças é considerado “inestimável”.

Detenção e acusação

A mulher foi presa na Espanha em 30 de setembro, após a emissão de um mandado de prisão europeu, e entregue às autoridades francesas na segunda-feira 13 de outubro.

No mesmo dia, ela foi formalmente acusada de roubo em grupo organizado e associação criminosa. A decisão de mantê-la em prisão preventiva foi confirmada pela Justiça de Paris.

Sobre o roubo

Segundo a promotora Laure Beccuau, o crime ocorreu durante a madrugada. As câmeras de segurança mostram uma pessoa entrando no museu pouco depois da 1h e saindo quase quatro horas depois.

Duas portas foram cortadas com uma motosserra, e a vitrine que guardava as pepitas foi quebrada com o uso de um maçarico. No local, a polícia encontrou as ferramentas usadas no crime, como botijões de gás, chave de fenda e serra.

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O alerta foi dado por uma funcionária da limpeza, que percebeu destroços no setor onde as peças estavam expostas.

Sobre as peças roubadas

Entre os objetos levados estão pepitas de ouro com grande importância histórica. Uma delas veio da Bolívia e foi legada à Academia de Ciências no século XVIII. Outras eram dos Urais, oferecidas pelo czar Nicolau I da Rússia em 1833, e da Califórnia, descobertas durante a corrida do ouro no século XIX.

Também foi roubada uma pepita de mais de 5 kg originária da Austrália, descoberta em 1990.

Tentativa de fuga

As investigações indicam que a suspeita deixou a França no mesmo dia do roubo e planejava retornar à China. No momento da prisão, ela tentou se livrar de cerca de 1 kg de ouro fundido, segundo as autoridades.

O caso ocorre semanas antes de outro roubo de grande repercussão: o de joias no Museu do Louvre.

Com agências
( Sob supervisão de Aline Campolina)

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Izabella Gomes é estudante de Jornalismo na PUC Minas e estagiária na Itatiaia. Atua como repórter no jornalismo digital, com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo.