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O texto da resolução autoriza a criação de um “Conselho de Paz”, órgão de transição que deverá coordenar a reconstrução e a recuperação econômica do território. Os Estados-membros poderão aderir voluntariamente ao conselho, que também será responsável por articular medidas de governança durante o período de transição.
Outro ponto central da resolução é a autorização para a formação de uma força internacional de estabilização. O grupo terá como missão garantir o
A Rússia, que possui poder de veto e havia indicado possível oposição ao texto, optou por se abster, o que permitiu a aprovação da resolução. Na sexta-feira (14), a Autoridade Palestina já havia
A resolução
O conteúdo da resolução, no entanto, provocou controvérsias em Israel. O texto menciona a possibilidade de criação futura de um Estado palestino, tema sensível no governo de Benjamin Netanyahu, pressionado por partidos da direita israelense. Segundo o documento, “as condições poderão finalmente estar estabelecidas para um caminho credível rumo à autodeterminação e à formação de um Estado palestino”, desde que reformas sejam implementadas pela Autoridade Palestina e que o processo de reconstrução avance.
Os Estados Unidos afirmam que trabalharão para promover um diálogo entre Israel e os palestinos, com o objetivo de estabelecer um “horizonte político” que permita uma convivência pacífica e próspera.
Netanyahu reagiu no domingo (16), reforçando que Israel se opõe à criação de um Estado palestino e afirmando que Gaza será desmilitarizada “do jeito fácil ou do jeito difícil”. O Hamas, por sua vez, rejeitou o plano e a resolução. Em comunicado divulgado no fim do domingo, um grupo que reúne facções palestinas lideradas pelo Hamas classificou o texto como um passo perigoso rumo à imposição de tutela estrangeira sobre Gaza, além de acusar a medida de favorecer os interesses israelenses.
A aprovação da resolução abre caminho para a articulação internacional necessária à implementação do plano, mas o cenário permanece incerto diante da resistência israelense e da rejeição pelo Hamas, fatores que podem comprometer a viabilidade de um acordo duradouro.
* Informações com CNN