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Negociações nucleares entre EUA e Irã são canceladas após ataques de Israel

Encontro estava previsto para domingo (15). O anúncio foi feito pelo Omã, que atua como mediador entre os dois países nas negociações sobre o programa nuclear iraniano

Imagem mostra foguetes atravessando o céu de Jerusalém em 13 de junho de 2025

As negociações entre os Estados Unidos e o Irã sobre o programa nuclear de Teerã que estavam previstas para acontecer no domingo (15) foram canceladas, anunciou o Omã. O país atua como mediador nas negociações nucleares. A tensão no Oriente Médio escalonou desde que Israel atacou o Irã na madrugada de sexta-feira (13), no horário local.

Os bombardeios, chamados de ‘ataque preventivo’ pelo Governo de Israel, tinham instalações nucleares como foco. No mesmo dia, perto das 21h no horário local, e 15h no horário de Brasília, o Irã revidou e lançou mísseis balísticos em Tel Aviv e Jerusalém.

A informação do cancelamento das negociações nucleares veio neste sábado (14), por meio de um anúncio do ministro das Relações Exteriores de Omã, Badr Albusaidi . “As negociações entre o Irã e os Estados Unidos, que estavam agendadas para este domingo em Mascate, não ocorrerão. Mas a diplomacia e o diálogo continuam sendo o único caminho para uma paz duradoura”, disse o chefe da pasta.

Mais cedo neste sábado (14), o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, já havia advertido ao presidente francês, Emmanuel Macron, que não continuaria negociando o programa nuclear com os Estados Unidos se Israel continuasse a atacar o Irã.

“O Irã não aceitará exigências irracionais sob pressão e não se sentará à mesa de negociações enquanto o regime sionista continuar com seus ataques”, afirmou Pezeshkian ao seu homólogo francês, Emmanuel Macron, em uma ligação telefônica informada pela presidência iraniana.

* Com informações da AFP

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Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas