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‘Irã está enfraquecido’, aponta professor sobre motivo do cessar-fogo com Israel

Anúncio do acordo foi feito pelo presidente Donald Trump; Irã e Israel não se posicionaram até o momento

Benjamin Netanyahu, Ali Khamenei e Donald Trump

O anúncio de Donald Trump sobre o cessar-fogo entre Israel e Irã levanta rumores sobre o que teria levado ao acordo e se realmente será efetivado. Até o momento os países em conflito não se manifestaram.

“Se efetivamente tiver esse cessar-fogo Trump vai ter conseguido um objetivo político muito grande. Uma vitória para Trump e Netanyahu”, disse o professor de relações internacionais da ESPM, Gunther Rudzit, em entrevista à CNN.

Segundo o professor, as decisões e falas de Netanyahu deixam uma dúvida sobre a efetivação do acordo.

“Se acontecer vai indicar que o governo iraniano está bastante enfraquecido e temendo por consequências internas. O acordo é porque a liderança sentiu o problema interno de uma possível revolta [da sociedade] se tornou muito maior que as ações militares israelenses”, afirma Rudzit.

Além disso, o professor destaca que a possibilidade dos Estados Unidos matarem o Ali Khamenei - líder supremo do Irã - pode ter influenciado a decisão do governo iraniano.

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Aliados do Irã

Rudzit afirma que os aliados do Irã, Rússia e China não teriam capacidade de entrar no conflito e ajudar o país contra Israel.

“China não tem capacidade militar para ajudar o Irã, a Rússia está atolada em uma guerra contra a Ucrânia entrando no quarto ano. O que também pode ter contribuído para tomar a decisão”, afirma o professor.

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde