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Homem mais rico da Europa critica taxação de super-ricos

Empresário disse que proposta do economista Gabriel Zucman é uma ideia de um ‘ativista de extrema-esquerda’

Arnault é diretor-presidente do conglomerado de artigos de Luxo LVMH

O empresário Bernard Arnault, considerado o homem mais rico da Europa, criticou a proposta de taxação dos super-ricos que tem ganhado apoio popular na França. Segundo o executivo, a medida é uma ideia de um “ativista de extrema-esquerda”, em referência ao economista Gabriel Zucman, criador da “taxa Zucman”.

Em entrevista ao jornal Sunday Times neste sábado (20), Arnault disse que a proposta poderia destruir a economia do país. “Ele (Zucman) usa sua pseudoexpertise acadêmica, que, por si só, é objeto de amplo debate, para servir à sua ideologia. Como ele poderia me envolver diretamente quando sou certamente o maior contribuinte individual e um dos maiores empresariais?”, questionou.

Arnault é diretor-presidente do conglomerado de artigos de Luxo LVMH, criado em 1987 pela fusão das marcas Moët Hennessy e Louis Vuitton, e controladora das marcas Christian Dior, Tiffany, Tag Heuer e Chandon. O empresário tem um patrimônio estimado em pouco mais de US$ 200 bilhões.

Em resposta ao Times, Zucman disse que a fala do empresário era “perturbadora”. O economista propõe uma taxa de 2% para os patrimônios acima de US$ 117 milhões (R$ 626 milhões de reais), afetando 0,01% dos contribuintes. Parlamentares da esquerda estimam que a medida pode arrecadar cerca de US$ 17 bilhões.

O primeiro-ministro Sébastien Lecornu, tem sido pressionado para implementar a taxa Zucman. Em meio a um momento de crise política e econômica, com a quinta troca de premiê desde 2022, Lecornu busca apoio da oposição socialista para se manter no cargo. A medida também encontra respaldo popular, e foi tema das manifestações de 10 de setembro.

(com agências)

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