A Defesa Civil de Gaza informou que ao menos 20 pessoas morreram nos bombardeios deste sábado (20), na Cidade de Gaza. Com os avanços terrestres, muitos civis estão sem opções para deixar a região.
Mortes e resgates
O diretor do hospital Al Shifa, em Gaza, estava trabalhando neste sábado, quando recebeu os corpos do irmão e da cunhada, mortos em um bombardeio.
“Fiquei chocado e devastado ao ver os cadáveres de meu irmão e de sua esposa”, disse Mohamed Abu Salmiya, médico da principal unidade de emergência da cidade, à AFP.
Ambulâncias chegaram ao hospital Al Shifa trazendo mais vítimas.
O Exército israelense não comentou os números de mortos nem os relatos sobre a morte dos familiares do médico Salmiya.
“Não temos dinheiro”
Milhares de palestinos fugiram, mas muitos seguem bloqueados, sem recursos para sair.
Mohamed Nasar, 38 anos, pai de três filhas, permanece na região de Tal al Hawa. “Vamos esperar até o último momento. Não temos força nem dinheiro para migrar”, relatou.
Ele acusa Israel de tentar esvaziar Gaza à força: “Querem transformar a cidade em ruínas, como Beit Hanun e Rafah”.
Fome e deslocamentos
O Exército israelense recomenda que civis se desloquem para o sul, mas a viagem é longa e cara. Caminhoneiros chegam a cobrar 1.500 dólares (cerca de R$ 8 mil) por 30 quilômetros.
Segundo a Defesa Civil, 450 mil pessoas já abandonaram a Cidade de Gaza. Israel estima 480 mil deslocados e
Zona “segura” sob ataque
Os militares orientaram os palestinos a buscar abrigo em Al Mawasi, declarada como “zona humanitária”. Porém, o local já foi atingido por bombardeios.
Desde o início do conflito, após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que deixou 1.219 mortos em Israel,
Com agências
(Sob supervisão de Marina Dias)