O padre argentino Gabriel Romanelli, chefe da única paróquia católica da
Faixa de Gaza, comentou a morte e a destruição da guerra em um vídeo transmitido na Catedral de Nápoles, na Itália, nesta sexta-feira (19). O pároco decidiu ignorar a
evacuação imposta pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) e permanecer na região.
“A situação continua muito grave em toda a Faixa de Gaza com os bombardeios”, declarou o sacerdote, que lidera a Paróquia da Sagrada Família, na Cidade de Gaza, maior centro urbano do território e alvo de uma operação militar terrestre de Israel.
O padre foi uma das mais de 10 pessoas feridas em um ataque de Israel contra a paróquia em julho. A ação deixou três mortos e foi classificada como um “erro” pelo governo de Benjamin Netanyahu.
“Continua uma situação de guerra e continua a morte, que já levou embora dezenas de milhares de pessoas. Foram mortas mais de 18 mil crianças, e os reféns ainda não experimentaram o direito de viver em liberdade, os feridos e os doentes não têm ainda a possibilidade de tratamento porque falta tudo nos hospitais. As armas tomaram conta”
padre argentino Gabriel Romanelli
A
guerra em Gaza teve início após o ataque de 7 de outubro de 2023, quando comandos islamistas mataram 1.219 pessoas em Israel, a maioria civis, de acordo com balanço da AFP baseado em fontes oficiais.
Desde então, a campanha de represália israelense matou pelo menos 65.174 palestinos na Faixa de Gaza, também civis na maioria, segundo dados do Ministério da Saúde — governado pelo Hamas — do território, considerados confiáveis pela ONU.
*Com informações da Ansa
(Sob supervisão de Edu Oliveira)