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‘Golpe dos avós’ deixa prejuízo de mais de R$ 26 mi a cerca de 400 idosos nos EUA

Golpistas tinham um esquema sofisticado de ‘call center’, onde ligavam para idosos nos EUA para pedir dinheiro se passando por netos ou outros parentes

Golpe

Treze pessoas foram indiciadas nos Estados Unidos após aplicarem golpes em mais de 400 idosos, resultando em um prejuízo de cinco milhões de dólares (R$ 26,9 milhões, na cotação).

Segundo o Gabinete do Procurador dos Estados Unidos para Massachusetts, as vítimas tinham idade média de 84 anos e eram, em sua maioria, de Massachusetts.

Para aplicar os chamados ‘golpes dos avós’, os réus operavam um ‘call center’ na República Dominicana, de onde ligavam para várias vítimas nos Estados Unidos e as faziam acreditar que seus netos ou outros familiares estavam passando por dificuldades e precisavam de dinheiro.

Assim que o dinheiro era depositado, eles destinavam os lucros de volta à República Dominicana.

Os golpistas falavam inglês e, primeiramente, ligavam para as vítimas fingindo ser um neto ou neta que havia sofrido um acidente. Em seguida, outro ligava dizendo ser o advogado do neto, solicitando uma quantia em dinheiro para pagar os honorários.

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Na maioria das vezes, os idosos eram orientados a entregarem pacotes de dinheiro aos motoristas de aplicativo de transporte que eram levados às casas deles. Em outros casos, os golpistas instruíam as vítimas a enviarem pacotes de dinheiro para endereços específicos por correio ou transportadoras.

Muitas vezes, depois do primeiro golpe, o call center ligava novamente para os idosos pedindo mais dinheiro.

Os golpistas realizavam transações financeiras com o dinheiro das vítimas depois do golpe. Os operadores do esquema dependiam de outras pessoas que lavassem o dinheiro nos EUA e na República Dominicana para transferi-lo.

Os treze golpistas podem pegar até 20 anos de prisão caso sejam condenados por fraude postal e fraude eletrônica. Caso sejam culpados por lavagem de dinheiro, podem ser sentenciados a mais 20 anos.

Jornalista formada pela PUC Minas. Mineira, apaixonada por esportes, música e entretenimento. Antes da Itatiaia, passou pelo portal R7, da Record.