O
governo equatoriano restringiu, na
véspera de Natal, a circulação de pessoas nas fronteiras do país com a Colômbia e o Peru, mantendo apenas dois postos internacionais abertos por “razões de segurança nacional”, segundo comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores do Equador na quarta-feira (24).
Os postos de Rumichaca, na divisa com a Colômbia, e Huanquillas, na fronteira com o Peru, são os únicos autorizados a manter o trânsito de pessoas e mercadorias. Todos os demais pontos de passagem foram fechados pelas autoridades equatorianas, ainda sem previsão de reabertura.
A medida, segundo o governo do Equador, foi “oportunamente informada aos governos da Colômbia e do Peru”.
Localizado entre os maiores produtores mundiais de cocaína, o Equador divide cerca de 600 quilômetros de fronteira com a Colômbia e, ao sul, aproximadamente 1.500 quilômetros com o Peru.
As fronteiras do país são consideradas de fácil acesso, o que facilita entradas ilegais e a circulação de drogas, armas e explosivos, segundo as autoridades locais.
O governo do
presidente reeleito em 2025, Daniel Noboa, tem promovido uma ofensiva contra grupos criminosos ligados ao narcotráfico e a cartéis internacionais.
Embora se defina como de
centro-esquerda, Noboa venceu com apoio de parte da direita, adotando uma política econômica de viés neoliberal e demonstrando alinhamento ao
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A Colômbia, governada por
Gustavo Petro, enfrenta uma intensa crise diplomática com a Casa Branca, que já chegou a ameaçar diretamente o governo colombiano caso o país continuasse a contrariar medidas adotadas por Trump contra o vizinho latino-americano, a Venezuela, governada por
Nicolás Maduro.