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A missão humanitária espera romper o “cerco israelense” ao território palestino e levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. A frota conta com cerca de 50 embarcações e leva ao menos 500 pessoas de mais de 40 países,
“Itália e Grécia acompanham atentamente os acontecimentos da Flotilha Global Sumud e apelam para que as autoridades israelenses garantam a segurança e a incolumidade dos participantes e permitam todas as ações de tutela consular”, diz o comunicado.
Na carta, os líderes também pedem que a frota aceita a oferta do Patriarcado Latino de Jerusalém, representação da Igreja Católica, para entregar a ajuda humanitária a bordo da flotilha no Chipre, de onde os itens de ajuda seriam levados à população civil de Gaza.
A sugestão não foi aceita pelo grupo, que alegou que “furar o assédio ilegal” de Israel contra a Faixa de Gaza também está entre os objetivos da Flotilha Global Sumud. “Um bloqueio que prive os civis de comida, medicamentos e ajudas é proibido. Um bloqueio que prejudique de modo desproporcional a população civil é proibido. Israel não tem nenhuma autoridade nas águas de Gaza, que pertencem à Palestina”, disse a GSF.
O grupo espera chega à Faixa de Gaza nesta quinta-feira (2). A frota está sujeita a uma interceptação iminente por parte das forças de Israel. Nos últimos meses, ativistas em barcos humanitários foram presos em águas internacionais e deportados.
“Graças à iniciativa diplomática do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pela primeira vez há uma possibilidade concreta de pôr fim a este conflito brutal e ao sofrimento da população palestina, inclusive por meio do pleno acesso humanitário. Neste momento delicado, devemos nos abster de iniciativas que possam ser exploradas por aqueles que ainda rejeitam a paz”, acrescentaram os ministros.
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Manobras de intimidação
A missão humanitária está na costa do Egito e afirmou, nesta quarta-feira (1º), que prosseguirá a viagem, apesar das “manobras de intimidação realizadas durante a noite”, segundo os organizadores, por “navios militares israelenses”.
O grupo saiu de Barcelona no início de setembro e se apresenta como uma “missão pacífica e não violenta”. Perto das 9h, o ativista brasileiro Thiago Ávila, membro da flotilha, indicou que estava a cerca de 202 quilômetros do território palestino.
“Nas primeiras horas desta manhã, forças navais da ocupação israelense efetuaram manobras de intimidação contra a flotilha Global Sumud”, informaram os organizadores em um comunicado.
Depois de partir da Espanha, a flotilha parou por 10 dias na Tunísia antes de retomar a viagem em 15 de setembro. Um dos principais barcos da flotilha, o Alma, “foi cercado agressivamente por um navio israelense durante vários minutos”, informou o grupo no comunicado.
“Pouco depois, o mesmo navio repetiu as mesmas manobras de cerco diante do Sirius por um período prolongado, antes de se afastar”, acrescentou o grupo. “Um barco de patrulha militar também se aproximou com uma enorme luz apontada para nós”, comentou a deputada francesa de esquerda Marie Mesmeur.
*Com agências
(Sob supervisão de Alex Araújo)