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Embarcações de ativistas Pró-Palestina devem chegar a Gaza em 2 de outubro

Essa é a primeira vez que uma frota com tantos barcos navega rumo ao Enclave Palestino; mais de 500 ativistas participam da missão, incluindo Greta Thunberg

Frota reúne mais de 50 embarcações com mais de 500 ativistas de dezenas de países, incluindo a ambientalista sueca Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila

A Flotilha Global Sumud, composta por ativistas Pró-Palestina, que planeja furar o cerco israelense contra a Faixa de Gaza e levar ajuda humanitária para a população civil planeja chegar à costa do território palestino na próxima quinta-feira (2). A missão conta com mais de 500 ativistas, incluindo Greta Thunberg e o brasileiro, Thiago Ávila.

Na última quarta-feira (24), a frota foi atacada por drones não identificados enquanto navegava na costa da Grécia. Meses atrás, Israel interceptou barcos humanitários com destino a Gaza. Na sequência, o país prendeu e deportou os tripulantes.

Apesar das tentativas anteriores, essa é a primeira vez que uma frota com tantas embarcações navega rumo ao enclave palestino. No último dia 22, Israel afirmou que não permitiria que os barcos chegassem a Gaza. O governo chegou a propor que o grupo atracasse em Ashkelon.

Nos últimos dias, a missão humanitária ignorou uma tentativa de mediação da Igreja Católica para entregar os alimentos e itens de primeira necessidade no Chipre.

“Em dois dias estaremos na zona de interceptação e, em três, em Gaza”, disse o ativista Tony Lapiccirella, um dos cerca de 40 italianos a bordo da flotilha.

“A missão se dirige para Gaza, este é o único modo de abrir um canal humanitário permanente. Nunca foi considerado parar no Chipre ou outras mudanças de rota”, acrescentou.

Ataques na madrugada

Durante a madrugada a última quarta-feira (24), a Flotilha Global Sumud denunciou que vários dos barcos foram atingidos por “múltiplos drones”, enquanto atravessavam a costa da Grécia.

De acordo com os integrantes da frota, houve o lançamento de “objetos não identificados”, diversas explosões e bloqueios de comunicações.

“Eles miraram os menores barcos de nossa missão para destruir suas velas”, apontou o brasileiro Thiago Ávila, um dos coordenadores da iniciativa.

Flotilha rumo à Faixa de Gaza

A Flotilha Global Sumud iniciou viagem em direção à Faixa de Gaza no dia 19 de setembro, após tentativas anteriores. O grupo saiu de Barcelona, na Espanha, e já havia denunciado os ataques com drones em frente à Tunísia.

As embarcações têm a intenção de chegar à Gaza para fornecer ajuda humanitária e “romper o bloqueio israelense” contra o enclave palestino, depois de duas tentativas bloqueadas por Israel em junho e julho.

Guerra em Gaza

Israel iniciou na última terça-feira (16) uma ampla ofensiva militar terrestre e aérea para tomar a Cidade de Gaza. Na terça-feira, uma comissão de investigação independente da ONU concluiu que Israel comete genocídio contra os palestinos em Gaza, o que o governo israelense nega.

A guerra começou em 7 de outubro de 2023, quando milicianos islamitas mataram 1.219 pessoas, a maioria civis, em Israel, segundo dados oficiais.

A campanha de retaliação israelense matou mais de 65.200 palestinos na Faixa de Gaza, também em sua maioria civis, segundo números do Ministério da Saúde do território - governado pelo Hamas -, que a ONU considera confiáveis.

*Com agências

(Sob supervisão de Alex Araújo)

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Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas