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Bispa de Londres, Sarah Mullally, é nomeada primeira mulher chefe da Igreja Anglicana

Ela substitui Justin Welby, que foi obrigado a renunciar no ano passado devido à gestão de um escândalo de agressões físicas e sexuais

Sarah Mullally foi nomeada arcebispa da Igreja Anglicana

O governo britânico anunciou que a bispa de Londres, Sarah Mullally, foi nomeada arcebispa de Canterbury nesta sexta-feira (3), se tornando a primeira mulher a liderar a Igreja da Inglaterra e a ser líder espiritual dos anglicanos.

A mulher, de 63 anos, é enfermeira e mãe de dois filhos. Ela substitui Justin Welby, que foi obrigado a renunciar no ano passado devido à gestão de um escândalo de agressões físicas e sexuais.

Mullally deixou o trabalho de enfermeira em 2004 para dedicar-se ao sacerdócio em tempo integral. Ela é a 106ª arcebispa de Canterbury.

Em um comunicado, a arcebispa reconheceu a “grande responsabilidade” do seu novo cargo, mas declarou sentir uma sensação de “paz e confiança em Deus” para cumpri-lo.

O anterior líder do anglicanismo mundial, Justin Welby, anunciou em novembro que deixaria suas funções em 6 de janeiro. Welby, de 68 anos, enfrentou dias de pressão para que renunciasse após as acusações de que sua instituição encobriu durante anos agressões físicas e sexuais contra menores por parte de um advogado vinculado à mesma.

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O antigo arcebispo de Canterbury oficiou em vários eventos reais importantes nos últimos anos, como o funeral da rainha Elizabeth II e a coroação de Charles III.

Entre a década de 1970 e meados da década de 2010, John Smyth, um advogado que presidia uma organização de caridade vinculada à Igreja Anglicana e que organizava acampamentos de férias, abusou sexualmente de 130 crianças e jovens no Reino Unido e depois na África, particularmente no Zimbábue e na África do Sul, onde se estabeleceu e morreu em 2018, aos 75 anos, sem ser julgado.

A instituição foi oficialmente informada desses fatos em 2013, mas muitos membros já os conheciam desde a década de 1980 e os mantiveram em silêncio como parte de uma “campanha de encobrimento”, concluiu uma investigação encomendada pela própria Igreja Anglicana.

O relatório também concluía que o arcebispo de Canterbury “poderia e deveria ter denunciado” à polícia a violência cometida pelo advogado a partir de 2013, quando se tornou primaz da Igreja da Inglaterra.

*Com AFP

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