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Trump poderá proibir jornalistas da Associated Press em eventos de imprensa na Casa Branca

Medida havia sido proibida em abril, mas a Justiça reverteu o veredito do tribunal de primeira instância

Medida havia sido proibida em abril, mas a Justiça reverteu o veredito do tribunal de primeira instância

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, poderá proibir que a agência Associated Press (AP) participe de alguns eventos de imprensa na Casa Branca. A decisão, de um tribunal federal de apelações, suspende a decisão anterior de um tribunal federal que concedia acesso aos jornalistas da agência às coberturas.

Os jornalistas e fotógrafos da AP foram excluídos do Salão Oval e de viagens no Air Force One desde meados de fevereiro devido à decisão da agência de continuar usando o nome “Golfo do México” e não “Golfo da América”, como decretado por Trump.

Em abril, o juiz federal Trevor McFadden considerou que essa medida constituía uma violação da Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que garante a liberdade de expressão e de imprensa.

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Mas, nessa sexta-feira (6), um painel de juízes do tribunal federal de apelações com sede em Washington decidiu que, enquanto se espera o recurso, o governo pode continuar excluindo a AP dos “espaços presidenciais restritos”, os quais, segundo afirmou, não estão protegidos pela Primeira Emenda.

A AP, uma organização de 180 anos que há muito tempo é um pilar do jornalismo americano, até agora tem se recusado a recuar em sua decisão de continuar referindo-se ao “Golfo do México”.

Em seu manual de estilo, a AP destaca que o Golfo do México “recebeu esse nome há mais de 400 anos” e que a agência “se referirá a ele por seu nome original, embora reconheça o novo nome escolhido por Trump”.

Desde que Trump retornou à presidência, em janeiro, seu governo tem tentado reorganizar radicalmente a forma como a Casa Branca é coberta pela mídia, favorecendo especialmente podcasters e criadores de conteúdo conservadores.

Duas semanas após excluir a AP, a Casa Branca retirou dos jornalistas o poder que existia há quase um século de decidir quais profissionais fariam parte de um grupo de repórteres e fotógrafos que cobrem eventos presidenciais. (Com APF)

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