A menina, de dois anos, separada dos pais venezuelanos durante
A menina será levada para a mãe, que chegou a Venezuela em um voo de deportação. O presidente do país, Nicolás Maduro, agradeceu a
“Também tenho que agradecer (...) ao presidente Donald Trump, que está nos países árabes, por realizar este ato de justiça profundamente humano”, disse Maduro ao receber a menina no palácio presidencial em Caracas.
A criança estava com uma família de acolhida depois que autoridades norte-americanas acusaram os pais dela de pertencerem à gangue criminosa venezuelana Tren de Aragua, declarada uma organização terrorista pelo governo Donald Trump.
A mãe da menina, Yorelys Bernal, de 20 anos, contou a Agence France-Presse (AFP) que a separação aconteceu em maio de 2024, quando ela e o marido, Maiker Espinoza, se entregaram às autoridades americanas ao entrarem clandestinamente nos Estados Unidos.
“Bem-vinda, Maikelys”, disse Flores ao receber a menina em seus braços depois que as autoridades a retiraram de um avião dos EUA que transportava 226 migrantes venezuelanos.
Já o pai da menina está detido em uma prisão de segurança máxima em El Salvador, onde estão cerca de 252 venezuelanos que Trump acusa de serem criminosos. A mãe da criança é acusada pelo Departamento de Segurança Nacional dos EUA (DHS) de supervisionar “o recrutamento de mulheres jovens para tráfico de drogas e prostituição”, enquanto Espinoza é acusado de ser um “tenente” do Tren de Aragua.
Segundo Bernal, eles foram detidos porque tinham “tatuagens”, um dispositivo usado pelos Estados Unidos para vincular os imigrantes a gangues. A separação da menina dos pais foi descrita pela Venezuela como um “sequestro”.
O incidente foi chamado pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de “crime”. A ação resultou em vários protestos em Caracas para denunciar o “sequestro” da menina e dos migrantes detidos em El Salvador.
Desde o início do segundo mandato de Donald Trump, mais de 4 mil migrantes foram repatriados para a Venezuela, uma parcela deportada dos Estados Unidos e outros grupos do México, onde muitos ficaram retidos.
*Com informações da AFP