Dentre os feitos de seu governo, está a aprovação da lei que descriminilizava o aborto, em 2012, e, em 2014, a lei que aprovou o matrimônio igualitário que, também permitiu que pessoas LGBTQIAPN+ pudessem adotar filhos. Ainda, Mujica levantou e aprovou durante sua gestão a legalização da maconha no país, com fiscalização, distribuição e venda reguladas pelo Estado.
Mujica era filho de pequenos agricultores e cresceu no bairro Paso de la Arena, em Montevidéu. Em 1956, aos 21 anos, começou a participar da militância política do Partido Nacional, chegando a ocupar o cargo de secretário. Nos anos 60, ele participou ativamente da militância de guerrilha, especificamente do Movimento de Libertação Nacional-Tupamaros (MLN-T), um grupo de esquerda que lutava contra a desigualdade social no Uruguai.
Durante o governo de Jorge Pacheco Areco, com a crescente da violência, Mujica chegou a participar de conflitos armados e foi preso quatro vezes. Com a restauração do sistema democrático, Mujica saiu da prisão pela lei que decretou a anistia de presos políticos. Alguns anos depois, ele criou, junto membros do MLN-T e outros partidos de esquerda, o Movimento de Participação Popular (MPP).
Nas eleições de 1994, ele foi eleito deputado. Em 1999, foi eleito senador. Em 2005, aos 70 anos, foi ministro da Agricultura no governo de Tabaré Vásquez. Em 2008, abandonou o cargo para ser pré-candidato à presidência da República. Em 2009, disputou as eleições uruguaias ao lado de Danilo Astori, seu vice-presidente. Ele foi para o segundo turno com 47,96% dos votos e se elegeu presidente em cima de Luís Alberto Lacalle, do Partido Nacional, com 52,60%.
Durante seu mandato, Mujica se recusou a morar no palácio presidencial, e continuou vivendo em um sítio, na periferia da capital uruguaia.
*Com informações de Luísa Marques