Papa Francisco
Desde o início de seu mandato, Francisco conclamou os cristãos a se abrirem para a diversidade do mundo e para os mais pobres. Após sua morte, nesta segunda-feira (21), qual é o legado deixado pelo papa Francisco?
Leia também:
Francisco viajou para áreas onde nenhum outro papa esteve: para os migrantes de Lesbos ou Lampedusa, na Itália, e para lugares remotos, como Papua-Nova Guiné, na Oceania. Ele também viajou para países em guerra, como a República Democrática do Congo e a República Centro-Africana, ou onde houve guerra, como o Iraque. Ele também visitou países onde os cristãos são minoria, como a Birmânia e a Indonésia.
O papa foi eleito em 2013, acima de tudo, para restaurar a ordem na Igreja Católica, que estava atolada em escândalos financeiros e sexuais. No que diz respeito às finanças, ele conduziu a reforma da Cúria, a pesada administração da Igreja Católica.
Francisco não fez apenas amigos. Ele acumulou uma série de opositores com suas medidas consideradas polêmicas pelos membros da Igreja mais conservadores, e criticou constantemente a desconexão entre o clero e os fiéis.
O que permanecerá, segundo especialistas, é seu estilo simples e direto, sua disposição de dar prioridade ao diálogo inter-religioso, que para o papa era a condição essencial para a paz no mundo.
Em 2019, junto com o Grande Imã de Al Azhar, ele assinou o documento sobre “fraternidade humana para a paz mundial e a coexistência comum”.
Ele também permanecerá na história da Igreja por seu comprometimento com o meio ambiente. Sua encíclica Laudato Si, em 2015, pediu a preservação da Casa Comum, um impulso para a conscientização coletiva da emergência climática.