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O vai-e-vem das taxas fez com que o país asiático fixasse, nessa sexta-feira (11), uma tarifa de 125% sobre o mercado norte-americano em seu território. Contudo, o país prometeu não estender a guerra comercial em novos capítulos e disse que vai “ignorar” caso Washington aplique novas tarifas a Pequim.
Até então, Trump não havia anunciado novas tarifas adicionais contra a China após a nova retaliação.
Trump diz que situação é “muito emocionante”
Apesar disso, em um sinal da crescente preocupação dos investidores com a saúde da economia americana sob o governo Trump, o dólar caiu a um mínimo em três anos perante o euro. Em Pequim, a Comissão Tarifária do Conselho de Estado afirmou em nota que “a imposição por parte dos Estados Unidos de tarifas anormalmente elevadas contra a China viola gravemente as normas comerciais internacionais, as leis econômicas básicas e o bom senso”.
Pequim anunciou que também apresentará uma demanda na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a mais recente série de tarifas de Trump, depois de ter recorrido esta semana ao organismo.
China quer aliança com a Europa
O presidente chinês, Xi Jinping, fez um apelo à União Europeia (UE) por uma resistência conjunta à “intimidação”.
Em uma reunião em Pequim com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, o chefe de Estado da segunda maior economia mundial destacou a necessidade de cooperação entre as potências diante da guerra comercial iniciada por Trump.
“China e UE devem assumir suas responsabilidades internacionais, proteger juntas a globalização econômica (...) e resistir juntas a qualquer assédio unilateral”, afirmou Xi. “Tanto a Espanha como a Europa têm um importante déficit comercial com a China no qual devemos trabalhar para sanar”, afirmou o líder Sánchez. “Mas não devemos permitir que as tensões comerciais interfiram no potencial crescimento de nossa relação, entre China e Espanha e entre China e a UE”, acrescentou.