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Putin diz que relações EUA-Rússia dependem do resultado das eleições presidenciais americanas

O ex-presidente e candidato republicano Donald Trump disputa a Casa Branca com a atual vice-presidente democrata, Kamala Harris

Putin diz que relações EUA-Rússia dependem do resultado das eleições presidenciais americanas

O presidente russo, Vladimir Putin, avaliou, nesta quinta-feira (24), que a relação da Rússia com os Estados Unidos dependerá de Washington após as eleições presidenciais de novembro e elogiou a sinceridade de Donald Trump sobre seu desejo de alcançar a paz na Ucrânia.

“O desenvolvimento das relações russo-americanas depois das eleições dependerá dos Estados Unidos. Se eles estiverem abertos, nós também estaremos. E se eles não quiserem, não há problema”, declarou o presidente russo em coletiva de imprensa ao fim da cúpula do Brics na cidade russa de Kazan.

Putin elogiou as “declarações sinceras” sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia feitas pelo ex-presidente e candidato republicano Donald Trump, que disputa a Casa Branca com a atual vice-presidente democrata, Kamala Harris.

Trump “falou de querer fazer tudo o que for possível para pôr fim ao conflito na Ucrânia. Me parece que são declarações sinceras. E declarações como esta, de onde quer que venham, são bem-recebidas”, disse o líder del Kremlin.

Mas alertou que um eventual acordo de paz com a Ucrânia, onde o Exército russo controla 20% do território, deveria se basear “nas realidades” do campo de batalha.

Os adversários da Rússia “não escondem o seu objetivo de proporcionar ao nosso país uma derrota estratégica”, “são cálculos ilusórios que só podem ser feitos por aqueles que não conhecem a história da Rússia”, disse Putin.

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O líder russo enfrentou apelos dos seus aliados do Brics para pôr fim ao conflito na Ucrânia, onde Moscou lançou uma ofensiva em fevereiro de 2022.

O Brics, um grupo de nove países que representam cerca de metade da população mundial e um terço do PIB do planeta, podem ser “uma força estabilizadora para a paz”, disse o presidente chinês, Xi Jinping, principal aliado da Rússia.

No âmbito desta cúpula, Putin se reuniu com o secretário-geral da ONU, António Guterres, o primeiro encontro frente a frente em mais de dois anos, severamente criticado por Kiev.

Guterres disse a Putin que “a invasão russa da Ucrânia constitui uma violação” do direito internacional, assinalou um porta-voz do secretário-geral, que também defendeu uma “paz justa”.

“O secretário-geral disse que todos deveríamos viver como uma grande família”, “infelizmente, nas famílias há disputas, escândalos, disputas de propriedade e por vezes até brigas”, respondeu Putin.


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