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Netanyahu diz que Irã cometeu “um grande erro” ao atacar Israel e promete retaliação

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu prometeu que o Irã “pagará” pelo ataque; Irã disparou mais de 180 mísseis contra Israel nesta terça (1°)

Forças de Defesa de Israel bombardeiam alvos do Hezbollah, em Beirute, após ataques

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou, nesta terça-feira (1°), que o Irã cometeu “um grande erro” ao disparar contra o território israelense mais de 180 mísseis. Netanyahu prometeu que o Irã “pagará" pelo ataque.

Nesta noite, as Forças de Defesa de Israel anunciaram que estão bombardeando alvos do Hezbollah, em Beirute, no Líbano. Netanyahu ainda afirmou que o ataque iraniano “falhou” e foi “frustrado graças ao sistema de defesa aérea de Israel, que é o mais avançado do mundo”.

O primeiro-ministro também agradeceu aos Estados Unidos pelo apoio. “O regime no Irã não entende nossa determinação em nos defender e nossa determinação em retaliar contra nossos inimigos. Eles entenderão”, ameaçou, enfatizando que “quem nos atacar, nós o atacaremos”.

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Ataque a Israel

O ataque iraniano é uma manifestação em apoio ao Hezbollah, grupo terrorista que atua no Líbano. Desde meados de setembro, Israel realiza bombardeios contra o grupo terrorista Hezbollah no país, mas as explosões já deixaram dezenas de civis mortos, incluindo dois adolescentes brasileiros. Na manhã desta terça, Israel decidiu intensificar os ataques e realizou uma ofensiva terrestre no país vizinho.

Apesar dos mísseis lançados pelo Irã não terem causado vítimas em Israel, um ataque a tiros deixou ao menos oito mortos e oito feridos em Tel Aviv, de acordo a polícia israelense. Dois terroristas teriam aberto fogo na estação Sderot-Yerushalayim, no bairro de Haifa. Eles foram mortos após o ataque.

Além do Irã, o Hezbollah também atacou alvos israelenses nesta terça. O grupo terrorista lançou foguetes contra a principal base de inteligência militar de Israel, próxima a Tel Aviv

Como conflito surgiu?

Israel e o Hezbollah trocam disparos há meses, mas o confronto se intensificou depois de milhares de pagers e walkie-talkies de membros do Hezbollah explodirem nos dias 17 e 18 de setembro. O Hezbollah, aliado do Hamas, promete continuar combatendo Israel “até o fim da agressão em Gaza”. O Irã garantiu que apoiaria o Líbano “por todos os meios” no caso de uma escalada.

Este conflito eclodiu com o ataque do Hamas em 7 de outubro, que deixou 1.205 mortos em Israel, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses que inclui reféns que morreram no cativeiro em Gaza. Das 251 pessoas raptadas, 97 permanecem em Gaza, 33 das quais foram declaradas mortas pelo Exército.

Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que já deixou 41.495 mortos, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.

No último sábado (28), o Hezbollah confirmou a morte de Sayyed Hassan Nasrallah em um bombardeio de Israel. Ele era o líder e principal rosto do grupo extremista desde 1992. O acontecimento mais recente do conflito foi a invasão por terra de tropas israelenses no sul do Líbano na noite desta terça-feira (30), em uma operação com o objetivo de fazer “incursões terrestres seletivas” na região.


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Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.