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Morre María Branyas Morera, a pessoa mais velha do mundo, aos 117 anos

María será ‘sempre lembrada por seus conselhos e segurança’, segundo a família

María Branyas Morera morreu aos 117 anos

A espanhola María Branyas Morera, a pessoa mais velha do mundo, morreu nesta terça-feira (20) aos 117 anos, informou a família.

Nas redes sociais, a família anunciou a morte da idosa, que sobreviveu a guerras e pandemias. “María Branyas nos deixou [...] Morreu como desejava: enquanto dormia, tranquila e sem dor”, dizia o comunicado.

“Há alguns dias nos dizia: um dia irei embora. Não voltarei a provar o café, nem tomar iogurte (...) Deixarei de existir neste corpo. Um dia que desconheço, mas que está muito perto, está longa viagem terá acabado”

María será ‘sempre lembrada por seus conselhos e segurança’, segundo a família. Na segunda-feira (19), ela havia afirmado na rede social que estava próxima da morte.

“Está chegando a hora. Não chorem, não gosto de lágrimas. E, principalmente, não sofram por mim. Onde estiver, estarei feliz”, escreveu.

María era a pessoa mais velha do mundo, com recorde reconhecido pelo Guinness World Records, o livro dos recordes. Ela substituiu a francesa Lucile Randon, morta em janeiro do ano passado, aos 118 anos.
Agora, a pessoa mais velha do mundo é Tomiko Itooka, do Japão, de 116 anos, segundo o Grupo de Investigação Gerontológica dos Estados Unidos.

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María nunca havia ido ao hospital

Branyas sobreviveu à pandemia de gripe de 1918 (também chamada gripe espanhola), às duas guerras mundiais, à guerra civil espanhola e à covid, que contraiu pouco depois de completar 113 anos em 2020, e da qual se recuperou totalmente em poucos dias.

A mulher Vivia na casa de repouso de Santa Maria del Tura, na cidade catalã de Olot, no nordeste da Espanha, há mais de 20 anos.

Ela nasceu em São Francisco em 4 de março de 1907, pouco depois que sua família catalã se mudou do México para os Estados Unidos.

A família decidiu retornar à Espanha em 1915, em plena Primeira Guerra Mundial, o que dificultou a viagem de navio através do Atlântico.

A travessia também foi marcada por uma tragédia: seu pai morreu de tuberculose no final da viagem e seu caixão foi jogado no mar. Branyas e sua mãe se mudaram para Barcelona.

Em 1931, cinco anos antes do início da guerra civil na Espanha, casou-se com um médico. O casal viveu junto por quatro décadas até que seu marido morreu aos 72 anos. Teve três filhos - um deles já falecido-, 11 netos e vários bisnetos.

Sua filha mais nova, Rosa Moret, já octogenária, disse à televisão local catalã que a mãe “nunca foi ao hospital e nunca sofreu uma fratura”.

Uma equipe da Universidade de Barcelona examinou seu DNA para tentar determinar as causas de sua longevidade. Em uma entrevista publicada em outubro de 2023 pelo jornal espanhol ABC, um dos pesquisadores, Manel Esteller, se surpreendeu com a saúde da mulher.

“Estava completamente lúcida. Lembrava nitidamente de episódios de quando tinha apenas quatro anos, e não apresentava nenhuma doença cardiovascular, habitual das pessoas de idade avançada. Seus únicos problemas eram de mobilidade e de ouvido. É inacreditável”, explicou o acadêmico de Genética.

A pessoa mais velha já registrada foi a francesa Jeanne Calment, que viveu 122 anos e 164 dias, e morreu em 1997.

*Com informações de AFP


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Jornalista formada pela PUC Minas. Mineira, apaixonada por esportes, música e entretenimento. Antes da Itatiaia, passou pelo portal R7, da Record.