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Filha de vítima do OceanGate ainda implora por respostas após um ano da tragédia do Titan

A Guarda Costeira segue investigando o caso; OceanGate cobrou US$ 250 mil (R$ 1,19 milhão) de cada passageiro por um lugar no veículo marítimo

Titã submersível mergulho debaixo d'água

Um ano após a implosão do submarino Titan, que matou cinco bilionários que faziam uma expedição aos destroços do Titanic, a filha de Paul-Henri Nergeolet, de 77 anos, ainda se pergunta o que deu errado.

Os entes queridos continuam de luto um ano depois que a tragédia do submarino Titan matou cinco passageiros no dia 18 de junho do ano passado na implosão do submarino.

Conhecido pelos amigos como Sr. Titanic por seu conhecimento enciclopédico do navio Titanic - sua filha Sidonie Nargeolet, 40 anos, disse que não teve notícias da OceanGate, a empresa responsável, desde que ela perdeu seu pai.

Sidonie Nargeolet, falou sobre seu falecido pai e as questões que permanecem em torno de sua morte em uma entrevista ao 60 Minutes Australia.

“Não ouvi nada deles (OceanGate). Sem condolências, sem ‘sentimos muito’. Nada”, disse ela. “De certa forma, eu tinha esperança, muito pequena, mas de ele estar vivo. De certa forma, é mais difícil porque não há esperança de nada, mas durante quatro dias [pensei] que ele ainda estava vivo”, disse Sidonie.

De acordo com a guarda-costeira americana, cinco passageiros estavam no submarino: Stockton Rush, Shahzada Dawood e seu filho Suleman Dawood, Hamish Harding e Paul-Henri Nargeolet. A OceanGate cobrou US$ 250 mil (R$ 1,19 milhão) de cada passageiro por um lugar no veículo marítimo para ver os destroços. Apenas cerca de uma hora e 45 minutos após o início da expedição, o submarino perdeu contato com a terra e desapareceu.

Pai e filho, especialista em Titanic, aviador e CEO da OcenGate são as vítimas da tragédia

A tripulação morreu na implosão, causada pela força da pressão na estrutura do submersível. Cerca de 80 horas após o desaparecimento, quando a reserva de oxigênio do veículo já estaria no final, foi anunciada a descoberta dos destroços.

Posicionamento da Guarda Costeira

Embora a OceanGate não tenha feito uma declaração pública sobre as mortes desde o acidente, a Guarda Costeira dos EUA fez uma declaração sobre a sua investigação na última semana. As autoridades disseram que ainda estão “investigando ativamente” quais foram as causas do acidente, segundo a Fox News.

“A investigação sobre a implosão do submersível Titan é um esforço complexo e contínuo”, disse Jason Neubauer, presidente do Conselho de Investigação da Marinha da Guarda Costeira.

“Estamos trabalhando em estreita colaboração com nossos parceiros nacionais e internacionais para garantir uma compreensão abrangente do incidente”. “Estamos gratos pela cooperação internacional e interagências que tem sido vital na recuperação, preservação e testes forenses de provas de uma região offshore remota e de extrema profundidade”, disse Neubauer.

Um vídeo em animação 3D que mostra o que pode ter acontecido com o corpo humano durante implosão do submersível Titan da OceanGate.

A principal hipótese é a de que a embarcação implodiu por uma falha técnica causada por erro ou negligência, que fez com que o submarino cedesse à imensa pressão no fundo do mar, gerando uma implosão imediata e total.

Um dos principais complicadores para o avanço das investigações é o fato de que o CEO da OceanGate, norte-americano Stockton Rush, que poderia responder a questionamentos da Guarda Costeira, estava a bordo da embarcação, com milionários e um pesquisador. Os cinco morreram na hora, segundo a principal linha de investigação.

Relembre

O submarino Titan, da OceanGate, desapareceu pouco mais de uma hora depois de submergir no Oceano Atlântico, a cerca de 600 quilômetros da costa do Canadá. O submersível ia em direção aos destroços do Titanic, que ficam a 3.800 metros da superfície.

Cinco passageiros estavam no submarino: Stockton Rush, Shahzada Dawood e seu filho Suleman Dawood, Hamish Harding e Paul-Henri Nargeolet. Todos morreram.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.