Mesmo tendo terminado há quase 80 anos, a Segunda Guerra Mundial ainda deixa marcas em alguns locais do mundo. Nas Ilhas Marshall, por exemplo, a população deve ter cuidado com certos locais onde há bombas inativas enterradas no chão. A informação é do The Guardian.
Segundo um estudo da pesquisadora Ruth Abbott, da Universidade do Norte de Michigan, cerca de 12,9 mil toneladas de material bélico foram lançadas em quatro atóis das Ilhas Marshall durante a guerra. Há alguns que estão no local até hoje, por isso, no próximo mês, uma equipe da Fundação Humanitária Golden West planeja viajar para o local com a missão de destruir essas munições não detonadas que podem levar até à morte.
A Golden West, que tem sede na Califórnia, emprega veteranos militares especializados em retirada de munições, treinamento e tecnologia de limpeza de armas. No ano passado, uma equipe foi ao Atol Maloelap para realizar a retirada de bombas inativas.
Quando chegam no atol, os militares são guiados por moradores familiarizados com os locais onde há armas inativas. Eles analisam se o explosivo exige detonação e, se sim, fazem um local seguro. A próxima missão da equipe durará três semanas.
Por causa das bombas, os moradores dos atóis se acostumaram a ter cautela ao plantar e colher no local, ou até mesmo caminhar na floresta. Uma bomba inativa pode estar enterrada no local e pode explodir.
Não há contagem oficial de mortos ou feridos por essas bombas, mas há registro de uma mulher que faleceu em 2016 no atol Mili devido à explosão de uma bomba escondida.
O número estimado de bombas inativas em todo o Oceano Pacífico chega na casa das centenas de milhares, conforme o presidente da Golden West, Allan Vosburgh. Após a missão em Wotje no próximo mês, o atol de Jaluit e o de Mili serão os alvos, em 2025 e 2026, respectivamente.