O presidente Vladimir Putin, de 71 anos, afirmou em sua primeira aparição pública após a reeleição que a Rússia não será “intimidada” nem “suprimida”, em meio a guerra com a Ucrânia, que já dura mais de dois anos.
“Nunca ninguém conseguiu fazer isso na história. Isso não funcionou hoje e não funcionará no futuro. Nunca”, assegurou Putin em um discurso após a vitória.
Segundo os resultados preliminares, o atual mandatário venceu as eleições presidenciais deste domingo (17) com larga vantagem e terá um novo mandato de seis anos.
Na última semana, o presidente ameaçou usar armas nucleares em caso de riscos à soberania russa pelo Ocidente. “
“Vencendo o inimigo”
Putin agradeceu o povo russo pela vitória com 87,97% dos votos e saudou os soldados que lutam na Ucrânia.
“Quero agradecer antes de tudo aos cidadãos, somos todos uma única equipe, a todos os cidadãos da Rússia que foram às urnas e votaram”, declarou.
O presidente reeleito afirmou que suas tropas têm a vantagem no front da Ucrânia e prometeu novamente que os objetivos da Rússia serão “alcançados”. A guerra começou com a invasão russa em fevereiro de 2022, em meio as tensões sobre a expansão da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), liderado pelos EUA, para o leste europeu.
“No geral, a iniciativa pertence inteiramente às forças armadas russas e, em algumas regiões, nossos homens estão vencendo o inimigo (ucraniano)”, disse.
O presidente também citou a morte do opositor russo Alexei Navalny na prisão, antes da eleição, como um “acontecimento triste”.
Ele disse que, antes do seu falecimento, era a favor de um acordo para uma possível troca de prisioneiros que o incluísse.
Novo mandato
Ex- agente da KGB (serviço de inteligência e espionagem soviético), Vladimir Putin chegou ao Poder pela, primeira vez, em 2000 e desde então conquistou suscetivas reeleições.
A sua liderança têm sido objeto de debates e controvérsias sobre autoritarismo ao longo das décadas.
O novo mandato presidencial acaba em 2030, quando Putin completa 30 anos de governo na Rússia.
*Com informações da AFP