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Bebê nasce com ‘cauda’ de 10 centímetros na China e internautas reagem

Recém-nascido nasceu com condição rara na medula espinhal; Brasil registrou o primeiro caso do tipo em 2021

Cauda tem cerca de 10 centímetros

Um bebê nasceu na China com uma ‘cauda’ de 10 centímetros. O parto foi feito por médicos do Hospital Pediátrico de Hangzhou e, até o momento, os profissionais não informaram se a criança vai passar por uma cirurgia ou não. A notícia foi publicada inicialmente pela agência de notícias Asia Wire Report.

Segundo o diretor do hospital, Li Yuhuao, a criança passou por uma ressonância magnética e o exame confirmou que o bebê sofre de ‘medula ancorada’, um problema no sistema nervoso que é diagnosticado quando a medula espinhal da pessoa fica ‘presa’ em partes do canal vertebral. Em casos raros, como a do bebê de Hangzhou, podem acontecer ‘estiramentos’ responsáveis pela formação de caudas.

Nas redes sociais, muitos internautas lembraram do personagem Goku, da animação ‘Dragon Ball Z’, que também possuía uma cauda.

Explicação

Em 2022, o médico Humberto Forte, que participou do atendimento a um bebê que nasceu com ‘cauda’ no México explicou que, ainda no útero, os bebês desenvolvem uma cauda embrionária entre a quarta e a oitava semana de gestação que, normalmente, é reabsorvida pelo organismo. ‘Não há uma causa específica definida para essas anomalias. A teoria mais aceita é de uma alteração na regressão da cauda embrionária que todos temos durante nossa fase de desenvolvimento. No entanto, ainda não foi definida a etiologia da alteração’, disse o médico. A pesquisa foi publicada no ‘Journal of Pediatric Surgery Case Reports’.

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Brasil já registrou caso de bebê com cauda

O primeiro caso de um bebê nascido com ‘cauda’ no Brasil foi registrado no início de 2021. A criança nasceu prematura (35 semanas) no Hospital Infantil Albert Sabin, em Fortaleza, no Ceará. A ‘cauda’ tinha 12 centímetros e uma espécie de ‘bola’ na extremidade. Como não possuía cartilagem e osso em sua formação, os pesquisadores concluíram que aquele era um caso raro de cauda humana ‘verdadeira’ e não apenas uma continuidade da espinha.

Primeiro caso no Brasil foi registrado em 2021

Por não ter riscos de afetar a mobilidade ou as funções cerebrais da criança, a ‘cauda’ foi retirada por meio de uma cirurgia que transcorreu sem complicações.

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Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.