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Em meio à dor, israelenses fazem campanhas para ajudar soldados

População se une para arrecadar itens alimentares e de higiene pessoal. Em alguns supermercados, já começa a faltar produtos como ovos, pães, leite e água

Supermercados recebem doações para montar caixas de mantimentos para os soldados

Supermercados de Israel, de diferentes redes, estão criando campanhas para que os clientes doem itens básicos (suplementos alimentares e de higiene pessoal) para os soldados israelenses. O correspondente da Itatiaia em Haifa, no Norte do país, Airton Gontow, esteve numa loja da rede Carrefour hoje (15) e todos os clientes que passaram pelo caixa, durante a reportagem, doaram (veja o vídeo abaixo).

Gontow explicou que a maioria das pessoas doa dez sheckels (moeda local) que equivaleria a R$ 13. Com o dinheiro arrecadado, vão sendo montadas caixas com enlatados, macarrão instantâneo, bolachas, pães, leite em pó e etc). O material arrecadado é selecionado para as montagens dos kits que são enviados para Centrais de Distribuição e, de lá, seguem para os acampamentos de guerra.

Há voluntários judeus, árabes cristãos árabes mulçumanos, numa demonstração de união e solidariedade. Uma deles, é Lital, uma jovem senhora que morou no Brasil e cujos dois filhos e marido foram convocados para lutar na guerra. “Após os dois primeiros dias de pânico, resolvi ajudar. É a única coisa que posso fazer e que alivia um pouco minha angústia”, contou.

Em outro bairro, o jornalista se encontrou com um grupo de jovens na porta de outro supermercado, fazendo arrecadações para os soldados por conta própria. Munidos com caixas de papelão, eles pediam a contribuição de “qualquer coisa” para os soldados israelenses. “Já enchemos seis caixas”, comemorou uma jovem. De acordo com o correspondente da Itatiaia, muitos israelenses já estão fazendo estoque de produtos em casa, com receio de desabastecimento. No primeiro supermercado que ele foi hoje de manhã, já não havia ovos e em outros já faltam pães, leite e água.

Além dos supermercados, de acordo com o repórter, também já começam a acontecer ações semelhantes em farmácias e bancos de sangue.

Maria Teresa Leal é jornalista, pós-graduada em Gestão Estratégica da Comunicação pela PUC Minas. Trabalhou nos jornais ‘Hoje em Dia’ e ‘O Tempo’ e foi analista de comunicação na Federação da Agricultura e Pecuária de MG.