O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, comparou o grupo terrorista Hamas ao Estado Islâmico. Em novo pronunciamento, divulgado nesta segunda-feira (9), ele repetiu que o país está em guerra, mas que não queria o conflito.
“Ela [a guerra] foi imposta da forma mais brutal e selvagem. Mas, embora Israel não tenha começado esta guerra, Israel irá terminá-la”, afirmou em discurso inglês transmitido pela mídia israelense.
Netanyahu disse, ainda, que o país cobrará um preço depois dos ataques realizados por homens armados do Hamas, que bombardearam cidades israelenses, sequestraram e mataram civis entre a última sexta-feira (6) e o sábado (7).
“Hamas entenderá que, ao atacar-nos, cometeu um erro de proporções históricas. Cobraremos um preço que será lembrado por eles e por outros inimigos de Israel pelas próximas décadas”, afirmou.
O premiê israelense fez, ainda, um paralelo entre o grupo palestino e o Estado Islâmico, organização jihadista que ficou conhecida pela brutalidade dos ataques realizados em cidades da Síria e os sequestros e assassinatos de cidadãos de países ocidentais - inclusive com a divulgação dos crimes em vídeos publicados na internet.
“Hamas é o ISIS [sigla, em inglês, para o auto-proclamado Estado Islâmico]. E, como as forças civilizatórias se uniram para derrotar o ISIS, as mesmas forças devem apoiar Israel na derrota ao Hamas”, disse o israelense em pronunciamento. O Estado Islâmico perdeu relevância após uma série de ataques coordenados envolvendo forças militares de países, como os Estados Unidos - que conseguiram matar um dos principais líderes do grupo, Abu Bakr al-Bghdadi, em 2019.
“Os ataques selvagens que o Hamas perpetrou contra israelitas inocentes são surpreendentes. Massacraram famílias dentro de suas casas, centenas de jovens em um festival de música, sequestraram dezenas de mulheres, crianças e idosos - até mesmo quem sobreviveu ao Holocausto. Terroristas do Hamas amarraram, queimaram e executaram crianças. Eles são selvagens”, completou Netanyahu.