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Menino de 2 anos morre após contrair ameba ‘comedora de cérebro’ enquanto nadava nos Estados Unidos

A Naegleria fowleri tem uma mortalidade superior a 97%; nos Estados Unidos foram registrados 157 casos, com apenas 4 sobreviventes

O jovem teve a morte confirmada às 2h56 desta terça

Uma criança de 2 anos, Woodrow Bundy, morreu na madrugada desta terça-feira (18) após ser contaminado pela Naegleria fowleri, uma ameba ‘comedora de cérebros’ que vem gerando preocupação na população dos Estados Unidos. Segundo Briana, mãe do pequeno, a suspeita é de que ele tenha sido contraído o parasita enquanto nada em Ash Springs, em Nevada. As informações são do portal New York Post.

Os pais de Woodrow notaram que algo estava estranho quando ele começou a apresentar sintomas parecidos com uma gripe após o passeio e foi levado às pressas ao hospital. Em um primeiro momento os médicos pensaram se tratar de uma meningite, mais tarde perceberam que se tratava da ameba.

O parasita é mais encontrado em água doce quente, lagos e, até mesmo, piscinas sem os devidos cuidados. A contaminação acontece quando o líquido entra no corpo pelo nariz, e os sintomas iniciais são febre, náusea e vômito. À medida que a doença avança, ela pode provocar rigidez no pescoço, alucinações, convulsões, coma e, posteriormente, a morte.

Luta de Woodrow

Em publicação nas redes sociais, a mãe do jovem confirmou a morte e se despediu do jovem, que ficou sete dias internado lutando por sua vida.

“Woodrow Turner Bundy retornou ao Papai do Céu às 2h56. Ele lutou por sete dias, a pessoa que sobreviveu por mais tempo é durou três dias. Eu sabia que tinha o filho mais forte do mundo. Ele é meu herói e serei eternamente grata a Deus por me dar o melhor menino no planeta, sou grata em saber que vou ter ele no céu um dia. Por favor, continuem a rezar por esta família”, relatou a mãe.

Alta mortalidade

A ameba provoca uma condição meningoencefalite amebiana primária (MAP), que afeta o tecido cerebral e tem uma taxa de mortalidade de 97%. Nos Estados Unidos, entre 1962 e 2022 foram registrados 157 casos da doença, com apenas quatro sobreviventes.

Segundo o Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a doença ainda não tem cura e não é contagiosa.

Formado em Jornalismo pelo UniBH, em 2022, foi repórter de cidades na Itatiaia e atualmente é editor dos canais de YouTube da empresa.