A Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou as recomendações para a vacina contra o papolomavírus humano (HPV), principal causador do câncer de colo de útero e outros tumores. A OMS explicou que passou a indicar uma dose única de imunização devido à baixa adesão ao imunizante.
Em nota, a OMS afirmou que a dose única “pode fornecer eficácia e durabilidade de proteção comparáveis a um regime de duas doses” e que há um “declínio preocupante” da vacinação contra o HPV no mundo.
“Espera-se que a otimização do calendário do HPV melhore o acesso à vacina, oferecendo aos países a oportunidade de expandir o número de meninas que podem ser vacinadas e aliviando o fardo do acompanhamento muitas vezes complicado e caro necessário para completar a série de vacinação. É vital que os países fortaleçam seus programas de vacinação contra o HPV, agilizem a implementação e revertam os declínios na cobertura”, diz a nota.
Quem deve se vacinar
No Brasil, a vacina contra o HPV está disponível gratuitamente no Programa Nacional de Imunizações (PNI) para meninos e meninas entre 9 e 14 anos, com duas doses separadas por seis meses. Além disso, pessoas de 9 a 45 anos que vivem com HIV/Aids, transplantados de órgãos ou medula óssea e pacientes oncológicos também tem direito à vacinação pelo SUS, com três doses.
O objetivo da Organização Mundial da Saúde é imunizar crianças e adolescentes antes do início das atividades sexuais, já que o HPV é considerada a infecção sexualmente transmissível (IST) mas comum do mundo.
Câncer de colo de útero e pênis
O vírus do HPV é o principal causador de diversos tipos de câncer, especialmente o de colo de útero: 95% dos casos são ligados ao vírus. Este tipo de câncer é o terceiro mais frequente entre mulheres no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Entre os homens, o HPV é também ligado à casos de câncer de pênis e ânus. Já entre ambos os sexos, o HPV pode estar associado com cânceres de cabeça e pescoço.