Vibrante, extraordinária, “aquele que move o mundo”. São inúmeras as reverências à trajetória de Adenilde Petrina Bispo. A professora, integrante do Movimento Negro, referência no hip-hop e defensora da periferia morreu nesta quinta (30), aos 73 anos. O velório está em andamento na Capela 2 do Cemitério Parque da Saudade, onde será o sepultamento às 9h desta sexta (31).
“Perdemos muito com sua partida, mas sabemos que o que ela deixa em cada um de nós é um legado que continuará sendo defendido pela instituição. Nossa Doutora Honoris Causa permanecerá em nós”, destacou a reitora da UFJF, Girlene Alves.
Adenilde Petrina doutora honoris causa UFJF
A prefeita Margarida Salomão também se manifestou nas redes sociais: "é impossível dar adeus, a alguém tão vibrante com um legado extraordinário”.
Em nota conjunta com a Funalfa, o Executivo Municipal reiterou sobre o impacto de Adenilde: “Perdemos muito com sua partida, mas sabemos que o que ela deixa em cada um de nós é um legado que continuará sendo defendido pela instituição. Nossa Doutora Honoris Causa permanecerá em nós”.
Em suas redes a Funalfa publicou homenagem e agradecimento aos trabalhos de Adenilde na fundação “Temos muito orgulho de ter escutado sua voz e de ter podido bradar junto com ela nestes dez meses em que esteve conosco. Mas a verdade é que Adenilde sempre esteve e continuará presente entre todas as pessoas que fazem e defendem a cultura em Juiz de Fora (...) A Funalfa abraça cada um dos amigos e familiares e agradece pela presença inspiradora de Adenilde, por seu legado e pelo barulho bonito que ela nos ensinou a fazer: aquele que move o mundo”.
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Filósofa, líder comunitária, militante, Doutora Honoris Causa
Adenilde Petrina Bispo foi uma das grandes referências na luta por melhores condições de vida e acesso na periferia. Como educadora, filósofa e militante deixa como legado a defesa da educação pública e luta antirracista.
Nascida em Cachoeira do Campo distrito de Ouro Preto(MG), se mudou para Juiz de Fora aos 12 anos de idade, onde cursou filosofia na UFJF entre 1970-1974 e mais tarde tornou-se Doutora Honoris Causa. Formada, não parou mais de militar junto ao movimento negro.
“A luta por melhorias é a luta de nossas vidas”, a força de Adenilde Petrina no Mulheres Incríveis
Trabalhava na Biblioteca da Igreja da Glória onde permaneceu até se aposentar em 2008. Por lá, levava informações à comunidade do bairro Santa Cândida sobre direitos sociais, como acesso à saúde, saneamento básico, escola e transporte coletivo.
Em 1984 tornou-se professora de história na rede municipal e dedicou 29 anos de sua vida à educação em escolas do Centro, bairros Santo Antônio e Teixeiras até aposentar-se em 2013. Em 2017, foi agraciada com o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal de Juiz de Fora.
Participou da criação do coletivo Vozes da Rua com o objetivo de difundir a cultura negra e levar informações aos jovens da periferia
*Escrita por Michel Santos sob supervisão de Roberta Oliveira
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