Morreu na madrugada desta quinta-feira (30) em Juiz de Fora aos 73 anos Adenilde Petrina Bispo uma das grandes referências na luta por melhores condições de vida e acesso na periferia. Como educadora, filósofa e militante deixa como legado a defesa da educação pública e luta antirracista.
Adenilde tratava um câncer, o velório será a partir de 14h30 no Parque da Saudade - Capela 2. O Sepultamento será realizado amanhã às 9h.
Uma vida de luta pela educação e pelo Movimento Negro
Nascida em Cachoeira do Campo distrito de Ouro Preto(MG), se mudou para Juiz de Fora aos 12 anos de idade, onde cursou filosofia na UFJF entre 1970-1974 e mais tarde tornou-se Doutora Honoris Causa. Formada, em 74 não parou mais de militar junto ao movimento negro.
Adenilde Petrina doutora honoris causa UFJF
Trabalhava na Biblioteca da Igreja da Glória onde permaneceu até se aposentar em 2008. Por lá, levava informações à comunidade do bairro Santa Cândida sobre direitos sociais, como acesso à saúde, saneamento básico, escola e transporte coletivo.
Em 1984 tornou-se professora de história na rede municipal e dedicou 29 anos de sua vida à educação em escolas do Centro, bairros Santo Antônio e Teixeiras até aposentar-se em 2013.
Participou da criação do coletivo Vozes da Rua com o objetivo de difundir a cultura negra e levar informações aos jovens da periferia.
Mulheres incríveis
Moradora do bairro Santa Cândida sempre participou ativamente na luta por reivindicações básicas para o bairro, como acesso a tratamento de esgoto e a educação. Da luta pela comunidade ao microfone, Adenilde esteve a frente da Rádio Comunitária Mega FM, uma iniciativa de estudantes da E.M Professor Cândido Mota FIlho. Na rádio carregava o lema “A comunitária de verdade onde o povo dá o show no ar”.
Confira vídeo com mensagem de Adenilde:
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— Rádio FM Itatiaia / Juiz de Fora (@ItatiaiaJF) October 30, 2025
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Em participação do quadro
Ouça a participação de Adenilde Petrina no quadro Mulheres Incríveis
*Escrita por Michel Santos sob supervisão de Roberta Oliveira