Ouvindo...

‘Dose Clandestina': PCMG apreende mais de 8 mil litros de cachaça irregular

Homem foi preso durante operação deflagrada em Juiz de Fora.

Operação Dose Clandestina cachaça irregular em Juiz de Fora

Um homem de 50 anos foi preso suspeito de produzir e armazenar cachaça de forma irregular durante a operação “Dose Clandestina” em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira

A operação foi deflagrada pelas 5ª e 6ª Delegacias de Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) nessa terça-feira (21) e contou com a participação da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Vigilância Sanitária e do Procon.

O imóvel no bairro Bom Sucesso foi interditado pela Fiscalização, que ficou responsável pelo descarte das bebidas e dos materiais apreendidos, com estimativa de entre 7 mil e 8 mil litros de cachaça.

“A produção e o armazenamento de bebidas em condições irregulares colocam em risco direto a vida das pessoas. Nosso trabalho é garantir que esses produtos ilegais não cheguem ao consumidor e que os responsáveis sejam responsabilizados”, afirmou a delegada Bianca Mondaini.

O suspeito não possuía registro empresarial, alvará de funcionamento nem licença dos órgãos competentes. Ele foi autuado em flagrante por crime contra as relações de consumo e encaminhado ao sistema prisional, onde permanece à disposição da Justiça.

Ouça a matéria

Denúncias levaram à apreensão

De acordo com a PCMG, as investigações começaram após denúncias sobre a existência de um depósito irregular de bebidas alcoólicas. Os agentes encontraram condições totalmente inadequadas de produção e armazenamento.

A cachaça estava acondicionada em recipientes plásticos comuns, muitos sem vedação ou certificação para uso alimentício, incluindo galões normalmente utilizados para transporte de combustível.

Segundo a apuração, os responsáveis adicionavam fragmentos de madeira e frutas para alterar a cor e o sabor da bebida, numa tentativa de simular um processo de envelhecimento artificial. Conforme a fiscalização, isso pode liberar compostos tóxicos, como metanol e taninos não controlados, tornando o consumo extremamente perigoso à saúde.

Nenhuma das embalagens possuía rotulagem, identificação de origem, data de fabricação ou validade, o que impede a rastreabilidade do produto e coloca os consumidores em risco.

Leia também

Leia também

Natural de Juiz de Fora, jornalista com graduação e mestrado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Experiência anterior em Rádio, TV e Internet. Gosta de esporte, filmes e livros. Editora Web na Itatiaia Juiz de Fora desde 2023. Tricampeã na categoria Web/Mídias Digitais no Prêmio Oddone Prêmio Oddone Turolla de Jornalismo, do Sindicomércio JF.
Désia Souza é jornalista pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), onde também cursou pós graduação em “Mídia e Cidadania” e mestrado em “Comunicação e Poder”. É coordenadora de jornalismo na Itatiaia Juiz de fora, onde também atua como âncora e repórter.